Agropecuária e investimentos levam expectativa de PIB acima de 5%
Com a ajuda da agropecuária e investimento a economia brasileira se deslocou da piora da crise sanitária, sendo pouco afetada.
Além disso, os resultados econômicos foram influenciados por um ambiente externo e de um movimento de recomposição de estoques.
Todas essas influências levaram a economia para um aumento de 1,2% no primeiro trimestre em relação ao primeiro trimestre no ano passado.
Mesmo depois de uma onda de revisões mais otimistas nas estimativas, o resultado o PIB – Produto Interno Bruto, que foi divulgado pelo IBGE, foi mais uma surpresa positiva.
Assim, os dados superaram com folga a projeção mediana de alta de 0,7% de 55 instituições ouvidas.
Agropecuária – Mesmo com riscos PIB é colocado para cima
Apesar dos riscos dentro do cenário econômico, que não são poucos, o avanço maior já registrado de janeiro a março e sinais mais favoráveis a respeito do segundo trimestre, o que levou uma nova rodada de revisões para o ano.
Agora, muitas casas já preveem um crescimento acima de 5% em 2021.
Já do lado negativo, fatores como a ameaça de uma terceira onda da pandemia, a crise hídrica e a escassez de insumos para produção, fizeram com que algumas empresas fossem amis conservadoras.
PIB tem a primeira alta em meio a pandemia
Se comparado ao período do ano passado, o PIB brasileiro acabou subindo 1%, tornando essa a primeira alta nessa comparação em meio à pandemia.
Com o desempenho observado no primeiro trimestre, a economia voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, anterior ao surto de covid-19 no país.
Pelo lado da oferta, a maior influencia positiva no PIB foi a agropecuária, que cresceu cerca de 5,7% sobre o fim de 2020.
Esse é o melhor resultado para o setor desde a expansão de 12,2% nos três primeiros meses de 2017.
A soja, por exemplo, é o principal produto do segmento no país e que terá safra recorte este ano, e foi um fator determinante para o bom comportamento.
Já pelo lado da oferta, o PIB industrial e o de serviços aumentaram 0,7% e 0,4%, nos três meses terminados em março, respectivamente.
Nesse último setor, que engloba mais atividades que acabam dependendo de interação social, é o único lado da oferta que ainda encolheu ante o primeiro trimestre de 2020, com uma queda de 0,8%.
No final do ano passado, os economistas esperavam um cenário bem mais negativo para o consumo neste início do ano devido à retirada dos estímulos fiscais, perspectivas que não foi confirmada.
Pandemia, inflação e crise hídrica ameaçam aceleração mais forte
Como mencionei anteriormente, a economia teve um desempenho melhor do que era esperado no primeiro trimestre, mesmo com a preocupação de uma piora da pandemia.
A partir disso, os bancos e consultorias elevaram as estimativas para o PIB do ano.
Novos e velhos riscos, contudo, mantêm o sentimento de cautela entre os analistas.
Economistas vê três riscos relevantes par a atividade econômica nesse ano, que são:
- Pandemia e a terceira onda;
- Crise hídrica;
- Aumento da inflação.
No primeiro caso, embora o cenário de alguns economistas contemple a vacinação de toda a população acima de 18 anos até o fim do ano, os números ainda são bem rins, com uma média de mortos próximos a 2 mil.
Já quanto há dúvidas sobre quanto a crise gerada pela forte queda do nível dos reservatórios vai se traduzir em um impacto na atividade.
Entretanto, já se vê um impacto: uma dinâmica menos favorável para inflação por causa do aumento do custo de energia elétrica.
Assim, o desempenho da economia será desafiado nos próximos meses.
O que irá motivar essa piora será diante da situação sanitária e pelo acúmulo de choques de oferta, que poderá incluir uma crise hídrico-energética.