Auxílio emergencial: 3 parcelas de R$200 em 2021? Entenda aqui

Criado em abril de 2020, o auxílio emergencial ajudou milhões de brasileiros que tiveram a renda prejudicada devido à pandemia do novo coronavírus.

Entretanto, o ano mudou e o benefício não foi prorrogado pelo governo. Apesar disso, os casos de Covid-19 continuam a subir, assim como o número de desempregados no país.

Diante desse cenário, a equipe de Jair Bolsonaro, pressionada, já admite renovar o auxílio emergencial com mais 3 parcelas em 2021 e novo valor: R$ 200.

Quer saber tudo sobre a possível prorrogação do auxílio emergencial? Continue lendo o artigo!

Auxílio emergencial em 2021: entenda o contexto

A pandemia do novo coronavírus começou a assustar o Brasil em março de 2020, quando os casos da doença começaram a aumentar e muitos estabelecimentos precisaram fechar para cumprir a quarentena.

Neste cenário, vários brasileiros acabaram perdendo o emprego ou tiveram a renda drasticamente afetada, o que forçou o governo a criar o auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas de baixa renda, desempregados, MEIs, trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família.

Com o passar dos meses, a pandemia não acabou e o benefício precisou ser prorrogado até o final do estado de calamidade pública – que durou até 31 de dezembro de 2020 – pela Medida Provisória 1.000/2020, criando as quatro parcelas do auxílio residual no valor de R$ 300 até o final de 2020.

Chegou 2021…

Com a chegada de 2021 e o fim da vigência do estado de calamidade, a equipe de Bolsonaro afirmou que não seriam criadas novas prestações do “coronavoucher”, com a justificativa de que não havia verba suficiente para custear o programa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a admitir no final de 2020 que o auxílio poderia ser prorrogado em caso de uma segunda onda de coronavírus no Brasil. Porém, apesar de os números de casos e mortes voltarem a subir, o governo manteve a posição de não continuar pagando o benefício em 2021.

Por outro lado, a pandemia continuou, a economia ainda não se reergueu e milhões de brasileiros que dependiam do dinheiro do programa voltaram a ficar em situação delicada.

Isso fez com que o governo federal fosse pressionado e a popularidade de Bolsonaro – que havia aumentado com o pagamento do auxílio – começasse a cair.

No Congresso, vários parlamentares vêm se posicionando a favor da continuidade do coronavoucher em 2021, inclusive protocolando projetos de lei sobre o assunto. Além disso, secretários de 18 estados brasileiros já emitiram um documento pedindo o restabelecimento do auxílio (falamos sobre essas ações neste outro artigo).

Auxílio aprovado para 196 mil brasileiros em 2021

A Portaria 597/2021 do Ministério da Cidadania publicada na última terça-feira (26) no Diário Oficial da União estabeleceu o pagamento do auxílio emergencial para 196 mil pessoas.

Esses beneficiários fazem parte do grupo que teve o benefício suspenso e contestou a decisão no site da Dataprev – no período entre 7 e 16 de novembro e entre 13 e 31 de dezembro de 2020 -, ou cujos pagamentos foram reavaliados em janeiro de 2021.

Sendo assim, não se trata de novas prestações criadas, mas sim de antigas parcelas que foram suspensas para algumas pessoas e, depois de revisão, voltarão a ser pagas.

Quem contestou e teve a decisão favorável irá receber de uma só vez, na próxima quinta-feira (28), todo o dinheiro na poupança digital social da Caixa, controlada pelo aplicativo do Caixa Tem.

Auxílio emergencial em 2021: novas parcelas de R$ 200

Com a intensa pressão política e popularidade em jogo, a equipe de Jair Bolsonaro já admite a possibilidade de criar mais três novas parcelas do auxílio emergencial em 2021, com o valor de R$ 200 cada, mesmo com resistência do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Pelo menos é o que apurou o site Valor Econômico, um dos mais importantes portais de economia do Brasil.

Por que R$ 200?

O valor de R$ 200 é próximo ao que é pago hoje em média para as famílias do programa Bolsa Família e representaria um gasto público muito menor que os R$ 600 ou R$ 300 das antigas prestações.

Inclusive, a proposta inicial do governo, antes de o benefício começar a ser pago em abril de 2020, era exatamente de R$ 200 mensais, valor que depois foi modificado pelo Congresso para R$ 600.

Porém, mesmo com a redução das parcelas, seria preciso aprovar um crédito extraordinário – fora do limite de gastos da União – para conseguir custear a renovação do programa. Além disso, é possível que alguns brasileiros que receberam as parcelas de 2020 fiquem de fora da lista de beneficiários desta vez.

Assim que tivermos mais informações oficiais, iremos publicar aqui no Dinheiro Bem Cuidado. Então, fique ligado nos nossos conteúdos!

Matheus Rabello

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Espírito Santo e atualmente cursando a segunda graduação, em Administração, também na UFES. Atua como redator publicitário e criador de conteúdo freelancer, com foco em SEO.