Bolsa de valores tem pior semana em 11 meses
O principal indicador da Bolsa de Valores, o Ibovespa, fechou em baixa ontem, 26 de fevereiro e concluiu a sua pior semana desde março de 2020.
Ou seja, ela só não foi pior que o primeiro mês em que surgiu o novo coronavírus e que acabou derrubando todas as bolsas no mundo inteiro.
Avaliando a semana, ela terminou com uma perda de 7,09% e em março de 2020, ela acabou com uma queda que chegou a 18,88%.
Reações do mercado a indicação de general a Petrobras
A semana começou com a recepção negativa do mercado à indicação do general Joaquim Silva e Luna, feita pelo presidente da republica Jair Bolsonaro para passar a assumir a Petrobras.
Diante dessa situação as ações da Petrobras caiam em mais um dia, onde os papeis preferenciais da estatal, começaram a cair e chegaram a 4,10% no dia, enquanto as ações ordinárias perderam 3,11% do seu valor.
Bolsa de valores preocupada com comportamentos do governo
Com a pandemia, o mercado não está disposto a tomar qualquer tipo de risco.
Analistas já dizem que o mercado deve sofrer muito com as possíveis saídas de investidores estrangeiros, com a queda de ativos de mercados emergentes.
As notícias envolvendo a política doméstica tampouco está ajudando e faz com que os operadores, que analisam as informações sobre uma possível fragilidade do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O que aumentou a incerteza, certamente, foi a declaração do presidente do Banco do Brasil (BB), André Brandão, que não quer mais seguir no cargo.
Vale lembrar que Bolsonaro já havia tido desavenças com Brandão no início logo no inicio do ano, durante uma onda de demissões que acontecia no Banco do Brasil.
A possível saída de Brandão, que é bem próximo de Guedes, acabou sinalizando ao mercado que a agenda liberal começa a ficar para trás, com uma interferência do governo bem maior, como a Petrobras e o BB.
Banco Central intervém para segurar o dólar e a Bolsa de valores
Para tentar segurar o dólar, o Banco Central anunciou ao mercado que iria fazer um leilão de venda de dólar à vista, onde ele colocou a disposição US$ 740 milhões.
Na véspera, o Banco Central já tinha feito duas operações como essas, onde ele colocou cerca de US$ 1,5 bilhão.
Esse foi o maior valor de venda a ser liquidado desde a liquidação US$ 2,2 bilhões em 28 de abril em 2020.
Bolsonaro disse que governadores terão de pagar auxilio emergencial
Participando de um evento no Ceará, ontem, o presidente Jair Bolsonaro, voltou a criticar as decisões de governadores que estão adotando medidas muito restritivas.
Assim, segundo o presidente “governador que destrói emprego, deve bancar o auxílio emergencial”.
Ele mencionou que o auxílio emergencial irá ser lançado por mais alguns meses e, a partir desse momento, o governador que fechar o seu estado, ele vai bancar o auxílio emergencial.
Para ele, os governadores não podem continuar fazendo politica e jogar no colo do presidente da República a responsabilidade de ajudar o país.
O presidente avisou que o novo auxílio emergencial 2021 irá ter 4 parcelas no valor de R$ 250, mas não deu previsão exata de quando ele irá começar.