Bolsa Família e auxílio emergencial vão acabar em 2021? Entenda aqui
O ano de 2020 foi realmente atípico. Com a pandemia do novo coronavírus, veio a crise econômica e a necessidade de criar um auxílio emergencial para ajudar os brasileiros e substituir, momentaneamente, o Bolsa Família.
Por esse motivo, surgiram alguns rumores de que o antigo benefício social do governo poderia acabar. Mas será que isso realmente vai acontecer? E o coronavoucher, continuará sendo pago em 2021? O Bolsa Família vai ser substituído por outro programa?
São essas dúvidas que iremos responder neste artigo. Continue lendo!
Saiba como ficará a situação do Bolsa Família e do Auxílio emergencial em 2021
Auxílio emergencial
Devido à pandemia, muitas lojas ficaram sem funcionar e pessoas sem trabalhar. Para tentar amenizar o problema, o governo federal criou o auxílio emergencial, que começou a ser pago no mês de abril de 2020 para pessoas de baixa renda.
Inicialmente, a ideia era de que o benefício fosse de R$ 600,00 e durasse por apenas 3 meses. Porém, como o vírus não foi embora e os reflexos na economia continuaram, o coronavoucher – como ficou conhecido – foi prorrogado até dezembro de 2020, mas de forma residual, pagando metade do que era antes (R$ 300).
O auxílio vai continuar?
Chegamos finalmente a dezembro de 2020, mês de pagamento da última parcela que constava no calendário aprovado para o auxílio emergencial.
Apesar disso, o coronavírus está longe de ir embora, o desemprego aumentou e muitas famílias ainda sofrem para conseguirem pagar as contas.
Embora, inicialmente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tivesse admitido a possibilidade de estender mais uma vez o benefício em caso de uma segunda onda de Covid-19, a proposta foi totalmente descartada recentemente pelo próprio Guedes, mesmo com os casos da doença novamente subindo e com 72% da população defendendo a continuidade da assistência.
A justificativa do governo é de que não há mais verbas para manter o coronavoucher por mais tempo, já que ultrapassaria o teto de gastos. Sendo assim, o auxílio emergencial realmente não deverá continuar em 2021.
Bolsa Família
Dentro da lista de pessoas contempladas com o auxílio emergencial, estão os beneficiários do Bolsa Família.
Momentaneamente, quem recebia menos de R$ 600 do tradicional benefício, passou a receber este valor de coronavoucher, seguindo o mesmo calendário, com a ordem estabelecida pelo último número do NIS (Número de Identificação Social).
Durante o ano de 2020, o próprio governo chegou a falar da possibilidade de o Bolsa Família ser substituído por um novo programa – o Renda Brasil – que seria a unificação de vários programas sociais (incluindo o Bolsa Família) em um só.
O Bolsa Família vai acabar?
O Renda Brasil vinha sendo anunciado como um provável substituto para o Bolsa Família e outros benefícios sociais, depois que o auxílio emergencial deixasse de ser pago.
Em tese, o Bolsa Família não iria acabar, mas sofreria uma reformulação. Seria a unificação de vários outros programas assistenciais em um só, abrangendo mais pessoas e pagando um valor próximo do que é pago hoje pelo auxílio residual (R$ 300).
Porém, devido ao curto prazo de implementação e muitas polêmicas acerca do financiamento do Renda Brasil (incluindo o possível surgimento de um novo imposto, congelamento de aposentadorias e extinção de antigos benefícios), o programa acabou sendo descartado.
Um outro projeto, chamado de Renda Cidadã, também foi especulado, com um modelo bem parecido ao do Renda Brasil. Entretanto, também foi desconsiderado para o início do próximo ano.
E o que vai acontecer em 2021?
Pelo menos para o início de 2021, o mais provável é que o auxílio emergencial deixe de existir e o Bolsa Família continue, mas de forma diferente.
O “Novo Bolsa Família”, como foi chamado pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, pagaria um tíquete médio superior ao antigo e seria recebido por mais famílias (atualmente, cerca de 14 milhões de brasileiros já recebem o benefício).
Ainda não há detalhes oficiais sobre essa reformulação, mas Lorenzoni informou que, ainda em dezembro, o governo deve divulgar oficialmente o novo projeto.
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