Desemprego quebra recorde e preocupa economistas
Se a economia parece estar crescendo de alguma maneira, o desemprego veio mostrar que não será tão simples quanto imaginam.
O mercado de trabalho brasileiro bateu alguns recordes negativos no primeiro trimestre e um novo recrudescimento da pandemia começa a aumentar a incerteza sobre quando vai haver uma recuperação do nível de emprego aos níveis de 2019.
Uma pesquisa desenvolvida pelo IBGE informou que a taxa de desemprego chegou a 14,7% no período, foi iniciada em 2012.
Durante o mesmo período do ano passado, era de 12,2%.
Números de desemprego quebram o recorde
Dados que ficaram na história no primeiro trimestre o número de desempregados, 14,8 milhões e os desalentados, aquelas pessoas que desistiram de procurar uma ocupação, 5,97 milhões.
Os subutilizados, também conhecidos como mão de obra desperdiçada, ou porque estão desempregados ou porque trabalham menor do que gostariam, chegou a 33,2 milhões, um outro recorde.
As pessoas que têm algum tipo de ocupação no mercado formal ou informal somaram 85,65 milhões, 6,6 milhões a menos que no primeiro trimestre de 2020.
Segundo os economistas, esse é o pior momento do mercado de trabalho. O aumento da desocupação é esperado para essa época do ano, entretanto, os resultados podem estar sendo reforçados pelo acúmulo das perdas ao longo de 2020.
Portanto, meio em piora da pandemia, mais pessoas voltaram ao mercado em busca de uma renda. Ao não conseguir essa ocupação, o desemprego elevou.
Assim, todas as 351 mil pessoas que voltaram a buscar em emprego no primeiro trimestre não encontraram colocação.
Impacto do auxílio emergencial não é possível avaliar
Segundo os analistas, o impacto da ausência de pagamento do auxílio emergencial na busca por trabalho primeiro trimestre de 2021.
Essa busca, no entanto, foi puxada principalmente pelas regiões Norte e Nordeste, onde o auxílio tem peso maior.
No Norte, a taxa de desemprego subiu para 14,8% no primeiro trimestre de 2021, e no Nordeste, para 18,6%.
Crise hídrica se agrava e o risco de racionamento volta a rondar o setor
A crise elétrica que vem atingindo o setor elétrico, passou a se agravar e autoridades do governo já começam a considerar a necessidade de um “comitê de crise”.
A ideia é conseguir pensar em estratégias que possam afastar o risco de corte de carga, por déficit na oferta de energia pelo sistema brasileiro.
Fontes informaram que o assuntou dominou a reunião que foi feita na sexta-feira no Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
O comunico oficial, que foi divulgado após o encontro, reconhece que o setor enfrentou o pior regime de chuvas, entre setembro e maio, em 91 anos.
Entretanto, não trouxe nenhum detalhe sobre o que precisará ser feito para evitar uma crise de abastecimento.
Além disso, a fonte oficial afirmou que o governo trabalha com todos os possíveis cenários, até mesmo o regime de racionamento.
Essa foi a saída traumática adotada em 2001 que marcou o fim do governo tucano.
A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica já deverá destacar uma equipe técnica, a partir da próxima segunda-feira, para trabalhar as estratégias de forma reservada.
Uma medida extrema aqui, poderá ser adotada, como um racionamento de energia, mas também de água para poupar os reservatórios das hidrelétricas.
Essa restrição de consumo pode começar em julho, de maneira pontual e não para todos os Estados.
Além disso, outras medidas drásticas também já estão sendo consideradas, como suspender a emissão de autorização para irrigantes.