Economistas analisam qual PT eles querem ver em possível presidencia
Depois que o ex-presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, voltou a se tornar elegível para uma possível presidência, o mercado voltou a atenção a ele, o que fez com que economistas passassem a verificar qual dos mandatos do presidente seria bem-vindo.
Depois que o mercado teve uma reação negativa sobre a noticia em um primeiro momento, a Bolsa e o Real mudaram esse comportamento logo em seguida.
Considerando então os indicadores da economia, o mercado tem motivos ou não para temer a volta de um governo dominado pelo PT?
Segundo economistas de diferentes perfis, o mercado tem sim seus motivos para gostar dos governos do PT.
Entretanto, motivos para ficar desconfortáveis são vários também.
Na verdade, para os economistas, o que vai depender aqui é qual será a versão do PT que entraria em cena em 2023.
Economistas analisam – 2003 e 2006 – O melhor dos Lulas?
Antes de assumir a presidência, Lula, então eleito assumiu o compromisso de manter o tripé do governo que havia sido criada por Fernando Henrique Collor, que incluía:
- Metas de inflação;
- Câmbio flutuante;
- Responsabilidade fiscal.
O Banco Central, assumiu o compromisso de controlar a inflação, mesmo com os juros altos e passou a deixar o dólar flutuar.
Além disso, os gastos públicos foram controlados, o PIB conseguiu crescer 3,5% em média por ano, enquanto a inflação conseguiu cair de 9,3% em 2003 para 3,14% até o final de 2006.
Já analisando o mercado financeiro, a Bolsa acabou subindo 447% entre os anos de 2003 e 2006.
Análise – 2007 e 2010 – Lidando contra a crise
O inicio do segundo mandato começa a surfar em uma onda internacional favorável.
Com o decorrer, as commodities passam a se valorizar graças às compras cada vez maiores que a China andava fazendo.
Agora, o Brasil começou a vender mais, com preços melhores, além de itens como soja e minério de ferro.
Assim, começa a crescer a quantidade de dólares no país.
A partir desse capital, o país começa a ampliar os seus investimentos em programas de transferências de venda, aumentando o salário mínimo e focando em programas sociais, como a PAC.
Tamanho sucesso faz com que a PIB cresça sem provocar inflação, a pobreza diminui e a renda da população melhora.
Entretanto, no final de 2008 o Brasil passa a ser atingido pela crise financeira global, gerada pela quebra do mercado americano.
Diante dessa situação, o mundo começa a entra em recessão.
Para poder lidar melhor com a crise, o governo mantém os investimentos públicos.
Outras medidas adotadas positivamente pelo governo Lula e que foram aprovados pelo mercado inclui:
- Redução dos depósitos compulsórios dos bancos;
- Corte da taxa básica de juros;
- Criação de linhas especiais de empréstimos das reservas internacionais;
- Expansão do crédito direcionado via BNDES;
- Desonerações tributárias temporárias;
- Aumento do investimento público, inclusive no Minha Casa Minha Vida.
A análise dos economistas – 2011 e 2016 – O desgaste e a piora do cenário externo
Segundo os economistas, a pior versão do PT para o mercado, certamente foi os anos em que Dilma Rousseff governou.
Além disso, foi a partir desse ano que os gastos públicos passaram a sair do controle.
Já no cenário externo, existia diversos efeitos da crise americana a vista, além do início da desvalorização das commodities.
Para conseguir manter a economia rolando, o governo passou a intervir, reduzindo os impostos para alguns setores e incrementando mais investimentos públicos em projetos de infraestrutura, como a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016.
A partir daí, o PIB começa a perder força, a inflação cresce e o desemprenho ganha terreno.
Por fim, no ambiente doméstico, a Operação Lava Jato começa a afetar os investimentos privados e a geração de emprego.
Que versão do PT os economistas esperam em 2023?
A ideia dos economistas é que o mercado tende a reagir de maneira negativa se o ex-presidente Lula acenar que adotará políticas parecidas com as dos últimos mandatos do governo do PT.
Entretanto, isso não diz respeito somente ao PT, mas a todos os outros candidatos.
Para os economistas a mesma situação acontece agora com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que se empolgou com a ideia de que ganha popularidade com o programa do auxílio emergencial.