Efeito Covid-19 na bolsa de valores

Quem assistiu ao filme Efeito Borboleta, certamente vai se lembrar da teoria do caos — “Algo tão simples como o bater das asas de uma borboleta, pode causar um tufão do outro lado do mundo” e entender melhor o efeito covid-19.

De igual forma acontece na Bolsa de Valores, que experimentou um primeiro trimestre “de cão” – com direito a uma ‘quase’ terceira guerra mundial -, piorando com a pandemia de coronavírus em todo o planeta.

A situação é tão delicada que, enquanto você lê esse texto, as negociações na bolsa brasileira podem ter sido paralisadas nesse minuto, o que chamamos de circuit breaker. O motivo? Fortes e consecutivas quedas no valor das ações, derrubando os índices ao redor do mundo.

No Brasil, a Ibovespa, que é o principal índice da bolsa brasileira, já declinou algo em torno de 35,46% (do início de janeiro até o dia 30 de março). Neste mês, por exemplo, foi registrada uma queda de 28,35%. Os números destoam, portanto, dos apresentados no ano passado, onde houve uma alta de 31,58%.

Estamos em um patamar onde especialistas em finanças conhecem por ‘bear marketing’, ou seja, mercados de baixa. De todo modo, é comum que ações caiam muito em um dia e subam demais no seguinte.

Por outro lado, a crise é sempre uma oportunidade para crescer e, nesse caso, reavaliar seu perfil como investidor. Em tempos de coronavírus, há várias opções para os mais conservadores, moderados e agressivos.

A dica é estudar o comportamento das empresas e os possíveis impactos de uma crise geopolítica ou sanitária.

Conheça o Efeito Covid-19 na economia

efeito covid-19

O Covid-19

No final de janeiro de 2020, o Covid-19 ainda era um vírus restrito à China, mas já afetava diretamente o dólar americano. Não à toa, a moeda subiu de R$ 4,02 para R$ 4,28.

A partir de fevereiro, o vírus avançou para três regiões distintas, além da China, são elas: Itália, Irã e Coréia do Sul. À época, a bolsa brasileira permaneceu fechada devido ao feriado de Carnaval, mas as bolsas mundiais, que funcionavam a todo vapor, sofreram quedas bruscas com a notícia do avanço.

Na tarde da Quarta-feira de Cinzas, a bolsa brasileira abriu e, no mesmo dia, a imprensa divulgou o primeiro caso de coronavírus no país – o que refletiu em queda de 7%. Desde então, foram sequências amargas de queda, uma após a outra, para Dow Jones, Nasdaq, S&P e, obviamente, a Ibovespa.

As consequências são sentidas, inclusive, pelas companhias multinacionais: metas anuais não serão batidas, contratos desfeitos, demissões em série e risco acentuado de desabastecimento.

Como o Efeito Covid-19 a Bolsa de Valores

A pandemia do coronavírus tem causado efeitos catastróficos na economia global, levando em consideração a suspensão das atividades em respeito à quarentena. Há casos de empresas que já perderam cerca de R$ 1 trilhão em valor de mercado.

Na contramão do impacto econômico negativo, quem possui uma carteira com objetivos bem definidos ou quer investir em ações nesse momento, visando estabilidade financeira na aposentadoria, por exemplo, não é hora para desespero.

Não há como negar que o coronavírus, como qualquer outra pandemia, mexe totalmente com o mercado e causa angústia nos investidores. Entretanto, a expectativa é de que os efeitos deixem de ser sentidos daqui uns meses, a exemplo do que aconteceu em outras epidemias (sars, dengue, cólera, zika, ebola e gripe aviária). A Sars, por exemplo, derrubou o PIB chinês de 8% para 5% ao ano, durante o surto.

De acordo com o Guia Invest, a desaceleração da economia é uma realidade e já está em curso. Isso acontece porque as pessoas deixam de consumir mais e a demanda, consequentemente, se reprime. À medida que as coisas forem voltando ao normal, a recuperação tende a ser acelerada.

Confira as dicas

– A situação é delicada e assusta a todos, no entanto, procure ter sangue frio e não se desfaça dos papéis tão rapidamente;

– Não é segredo nenhum a inconstância da Bolsa de Valores. Sendo assim, enxergue o seu investimento a longo prazo. O mercado muda constantemente;

– Não caia na tentação de comprar ações caras em períodos de valorização; da mesma forma, não venda a preço de “banana” nos períodos de crise;

– Aproveite esse momento para diversificar sua carteira e manter, inclusive, um percentual de renda variável;

– Foi-se o tempo em que renda fixa e juros multiplicavam o patrimônio. Riscos são necessários se quiser um rendimento maior;

– Não perca a oportunidade de comprar ações de grandes companhias e com desconto. Mas atenção, faça uma pesquisa de mercado e escolha boas empresas.

Se for investir

– Elimine todas as ações que possuem pouca liquidez. Isso facilita a venda do papel posteriormente;

– Não invista em empresas que apresentaram prejuízo nos últimos cinco anos;

– Opte por empresas que façam a distribuição de dividendos e, que, possuam algum nível de governança corporativa;

– Selecione as ações com GI Score mínimo de 70 pontos.

Fontes: Guia Invest, Seu Dinheiro e Correio Brasiliense.

Editor

Entusiasta ao marketing online, apaixonado por crédito e finanças pessoais