Fatura do cartão de crédito: o que fazer em tempos de pandemia?

Novo coronavírus impactou no orçamento de várias pessoas e muitas pessoas não sabem o que fazer com a sua fatura do cartão de crédito.

Muita gente foi afetada pela queda de consumo causada pelas quarentas, fechamento de comércios, escolas e outros serviços que não são considerados essenciais. Quando uma parte deixa de atender e ganhar dinheiro, com certeza outra ficará sem. É um ciclo de queda em gastos e pagamentos.

Quem precisou parar de trabalhar, ou foi demitido por causa da crise financeira que já começou, sente o medo de não ter dinheiro para as contas básicas. Para dar suporte, concessionárias de energia e empresas de saneamento adotaram medidas, como a prorrogação de pagamentos e formas de parcelar as dívidas sem juros.

Mas, e quem tem cartão de crédito, como fica? Sabemos que a fatura do cartão de crédito é um gasto alto e quando as parcelas foram feitas, ninguém esperava que uma pandemia mundial nos deixasse com menos recursos.

Neste artigo vamos trazer informações dos bancos que decidiram prorrogar os pagamentos e dicas para economizar nessa época difícil em que estamos vivendo. Uma atitude importante em tempos de incerteza, é economizar o máximo que puder.

Aprenda o que fazer com a fatura do cartão de crédito durante a pandemia

Fatura do cartão de crédito

Não terei como pagar a fatura do cartão de crédito, e agora?

Infelizmente, essa fatura do cartão e crédito vai se tornar uma dívida, assim que você atrasar. O que você pode administrar, é o tempo que essa dívida vai permanecer aumentando, depositando pequenas quantias de dinheiro, por exemplo. Ainda sim, alguns bancos facilitarão o pagamento dessas dívidas, vamos explicar.

Bancos que seguram a dívida

Os cinco maiores bancos do Brasil, Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Banco Itaú e Santander anunciaram que irão prorrogar o pagamento de dívidas para 60 dias. Só que isso não vale para dívidas antigas ou contratos irregulares, ou seja, é preciso estar adimplente para aproveitar esse benefício.

Ainda que todos os bancos fizeram este anúncio, você precisa entrar em contato com cada um deles para entender se poderá aproveitar o benefício de prorrogação de dívidas. Pode ser que o seu caso não se encaixa, ou o banco onde tem contato não aderiu a isso. Fique atento.

Não quero dívidas, o que faço?

Bom, se você não tem condições de pagar mas também não pode fazer nenhuma dívida, então precisa pensar em alternativas para pagar essa fatura do cartão e crédito aos poucos, ou pagar o mínimo, pelo menos.

Pague o mínimo

Pagar o mínimo é quando você não quita toda a fatura do cartão de crédito. O mínimo consta sempre na fatura, perto do pagamento total. Se não tiver jeito, leve dessa forma: pague o mínimo pelos meses seguintes. Lembre-se que o valor restante, o que vai ficando, vai para a próxima fatura do cartão de crédito com acréscimo de juros.

Parcele a fatura

Se não quiser transformar o atraso em dívida, solicite ao banco um parcelamento e pare de gastar o limite de crédito até que tudo se reorganize. Termine de pagar o que já tem e não fala novas dívidas para não entrar numa bola de neve. Busque poucas parcelas e condições com juros baixos.

Neste momento essa seria a melhor opção porque normalmente os juros do parcelamento são mais baixos que os juros do rotativo, que são utilizados em caso de pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito.

Buscar alternativas de renda

Se o salário foi diminuído ou sua empresa teve que fechar, é hora de começar a planejar maneiras de ganhar mais dinheiro de outra forma. Caso você venda um produto, busque divulgação pela internet ou entregas. Sem salário, olhe e pense em habilidades suas que possam também ser consumidas a distância. Isso pode demorar, mas dará resultado no tempo que precisa.

Pegue um empréstimo

É importante avaliar bem se compensa aderir aos juros de um empréstimo bancário. Se nessa comparação as tarifas forem menores que a dos juros de parcelamento ou pagamento mínimo, com certeza se pendurar em um empréstimo é uma saída.

Você pode também “colocar as cartas na mesa” e pedir dinheiro para alguém de confiança, também com parcelamentos mais brandos, ou seja, um contrato de amizade mesmo. Explique a situação e deixe claro que é tudo momentâneo.

Economize onde puder

Todos nós estamos passando por uma situação financeira delicada, ainda mais que já estava com problemas de dinheiro antes da economia ter um colapso. Procure na sua rotina qual gasto pode ser excluído, ou seja, o que é considerado necessário e o que é luxo. Assim, dinheiro que era dedicado a uma área se torna economia para pagar a fatura do cartão de crédito. Em resumo, aprenda a elencar as prioridades da rua rotina de gastos e corte onde puder.

Cancele o cartão de crédito

Essa é uma medida extrema e não é indicada para todos os casos. Á longo prazo, pode ser uma atitude que te faça bem. Caso tenha escolhido parcelar a fatura do cartão de crédito, já está livre para cancelar o cartão de crédito e não aumentar o valor a ser pago. Então, faça isso para que você peça outro cartão de crédito quando estiver em uma situação melhor (e o mundo também).

O que esperar após a pandemia?

Infelizmente, o contágio por covid-19 é rápido, o que exigiu medidas severas relacionadas a isolamento e aglomeração de pessoas. Economicamente, todos os países esperam um ano terrível, com poucos avanços econômicos: algumas empresas vão quebrar e muitas pessoas ficarão desempregadas.

Por isso, além de manter o alerta pessoal, redobrando os cuidados com higiene pessoal e evitando sair de casa, todos precisam se preparar economicamente para um ano de ganhos baixos e muitas dívidas. Chegou a hora de economizar o que tem e viver com o mínimo possível, para que lá na frente as coisas melhorem.

A previsão do Ministério da Saúde é que o novo coronavírus estará entre nós durante todo o ano, com épocas em que o vírus estará mais controlado. Com isso, entendemos que muitos entrarão 2021 com enormes problemas financeiros, tendo que buscar maneiras para se reerguer. Então, comece hoje: poupe e busque alternativas de renda para não sofrer nos próximos anos. O mundo não será o mesmo.

 

 

Mônica

Formada em Jornalismo pela UNIGRAN (Dourados), experiente em conteúdos de finanças.