Fed pode precisar subir juros nos Estados Unidos
Ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Lawrence Summers alertou o mercado ao dizer que o Federal Reserva (Fed) irá ganhar pressão para aumentar os juros mais cedo do que o mercado anda esperando.
O ideal, segundo ele, é que isso aconteça logo no próximo ano.
Quando uma economia está superaquecida e os preços continuam alto, isso pode acabar antecipando a decisão do Fed, disse Summers ao programa “Wall Street Week”.
O ex-secretário teve um dos papeis de maior destaque nos últimos dois anos do governo democrata e voltou a aparecer depois de criticar o plano econômico dos Estados Unidos, onde o presidente Joe Biden deve injetar US$ 1,9 trilhão.
Segundo ele, a quantidade de dinheiro é muito alta na economia, o que poderia extrapolar os limites de alimentar a inflação.
Nesse caso, ele pediu foco em investimentos ligados ao longo prazo.
O que os críticos dizem sobre a injeção de dinheiro de Biden
As autoridades do governo rebateram as palavras de Lawrence Summers com o argumento de que a ideia de Biden é conseguir gerar alívio a quem precisa e não vai superaquecer a economia.
Os representantes do Fed consideram a posição do presidente ideal, já que eles não têm intenção nenhuma de apertar a política monetária tão cedo.
Mas, para Summers o Banco Central dos Estados Unidos vai começar a enfrentar os mesmos desafios que acabou enfrentando na década de 1970, quando passou a perder o controle da inflação.
Fed anunciou que riscos de falências das empresas nos Estados Unidos ainda são consideráveis
O Fed declarou que as empresas estão próximas de chegar a máximas históricas de endividamento na história dos Estados Unidos.
Mesmo que a economia esteja emergindo e se saindo melhor na situação da pandemia do coronavírus os riscos de falência das empresas, permanecem consideráveis, disse o Federal Reserve na sexta-feira em um relatório semestral ao Congresso.
Além disso, foi colocado em pauta que mesmo grandes saldos de caixa, juros baixos ou mesmo crescimento econômico renovado acabe atenuando os problemas que existem no curto prazo.
Segundo o Fed os riscos das empresas de não pagarem a sua dívida, seja elas empresa pequena, de médio porte ou mesmo as grandes se tornam consideráveis.
Mesmo que os balanços dos bancos e da maioria das famílias permaneçam em uma situação até adequada, o comentário sobre as dívidas das empresas acaba pegando os empresários e investidores de surpresa.
Assim, com essas dívidas a possibilidade de uma recuperação depois da pandemia pode vir a ser prejudicada à medida que as empresas passam a lidar com o excesso de empréstimos pedidos, tentando superar um ano muito difícil.
Jerome Powell, chair do Fed vai apresentar um relatório nas suas audiências perante o Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos na terça-feira.
Ele também vai ter que apresentar ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados na quarta-feira.
Por fim, ele vai reservar um tempo para responder as perguntas dos parlamentares depois de apresentar o resumo da economia.
Essa será a primeira aparição de Powell no Capitólio, desde que os democratas conquistaram a Casa Branca e são maioria no Senado.