Fluxo cambial e apagões de energia, veja o que preocupa a economia

O fluxo cambial deve voltar com força total no ano e jogar o dólar para baixo.

O forte desempenho do setor exportador em 2021, aliado à alta da taxa Selic e uma recuperação da atração de investimento estrangeiros, tanto diretos quanto em carteiras, devem ajudar a trazer uma quantia de dólares relevantes para o Brasil.

Esse fluxo pode chegar a US$ 45 bilhões em 2021, segundo um estudo feito pelo gestor de moedas do ASA Hedge Multimercado.

E isso em um cenário base com parâmetros mais “conversadores”.

Projeção de fluxo cambial é a primeira positiva desde 2017

A projeção é muito relevante, dado o histórico recente do fluxo cambial brasileiro, que não registra um resultado anual positivo desde 2017.

Caso isso se confirme, este seria também o melhor resultado desde 2011, no fim do superciclo de commodities.

Em 2011, o fluxo de dólares ficou positivo em US$ 65,3 bilhões.

Em um momento em que as commodities voltam a bater recordes e diferentes casas revisam para cima os números sobre o setor externo.

Além disso, a ASA chama atenção também porque é incomum encontrar projeções específicas sobreo fluxo cambial.

Tanto o fluxo como as estatísticas do setor externo dizem respeito a operações semelhantes, mas não necessariamente apresentam os mesmos números.

Crise hídrica preocupa o setor econômico do governo

A crise hídrica que acomete o país é um dos pontos de atenção para a área econômica do governo, seja voltado para a inflação como do nível de atividade.

Especialistas apontam que o quadro ainda não é tão claro, pois, existem diferentes opiniões dentro do próprio governo e no setor privado.

Entretanto, a leitura prelimitar de alguns interlocutores é que para o ano de 2021, o risco de apagões ainda é tratado como baixo, mesmo que não esteja descartado.

O SNM – Sistema Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de emergência hídrica associada a escassez de chuvas na região hidrográfica da bacia do rio Paraná, que abastece os estados de:

  • Minas Gerais;
  • Goiás;
  • Mato Grosso do Sul;
  • São Paulo;
  • Paraná.

Diante da situação, foi avaliado a criação de um “comitê de crise”.

Apagões no Brasil é um risco para 2022

A leitura do caso, aponta que o risco de apagões pode ficar maior para o ano que vem, caso a econômica cresça muito mais do que se projeta para 2022, se as chuvas continuarem escassas e os investimentos do setor se atrasarem, mantendo a oferta de energia mais limitada.

Portanto, no curto prazo, o risco mais elevado é pelo lado da inflação, em parte já precificado no mercado e dentro das próprias avaliações do governo.

Nesse mês de maio, por exemplo, já entrou em vigor a bandeira vermelha 1, que foi anunciada no final do mês de abril.

Em junho vai ser acionada a 2, encarecendo mais as contas e afetando o IPCA, que está rodando acima da meta no acumulado em 12 meses.

Entretanto, isso não seria motivo sozinho para uma mudança na trajetória da política monetária, que já está ajustada com os juros para cima.

Portanto, esse impacto de inflação é considerado bem mais manejável que uma eventual necessidade de racionamento, considerado o cenário extremo para ser evitado.

Isso porque representaria mais um choque fortemente negativo na atividade econômica, que ainda está se recuperando da pandemia de 2020.

Além disso, fatores como o perfil de crescimento econômico do país nos próximos meses também devem influenciar na demanda por energia.

Taynara

Formada em Psicologia pela Universidade Paulista, sou coordenadora há 5 anos do projeto de produção de conteúdo do Marketing Team. Além disso, atuo no mercado financeiro em ações na Bolsa de Valores e investimentos esportivos há 3 anos. Através dessa página tento passar o máximo de conhecimento obtido sobre os temas há vocês.