Foco dos investidores volta a ser a renda fixa

Depois da Ibovespa chegar em sua máxima e com a taxas de juros maiores por perto, o foco dos investidores volta a ser a renda fixa.

Entretanto, o fluxo vem sendo direcionado não somente para alternativas que seguem a Selic ou o CDI.

Na verdade, portfólios com a pimenta do crédito privado têm chamado a atenção.

Títulos bancários e a compra de dívida corporativa também estão ganhando atratividade à medida que os emissores estão apresentando melhores taxas.

Foco dos investidores – Bolsa perde a força com poucos investidores entrando no mercado

Na bolsa de valores, a pessoa física, que acabou liderando a captação no ano passado, com as compras líquidas de R$ 51 bilhões, trouxe apenas R$ 16,3 bilhões dos dois primeiros meses de 2021.

De março para cá, por exemplo, o valor se inverteu e as saídas chegaram a ser de R$ 5,4 bilhões.

O saldo do ano até o dia 24 de maio ainda estava positivo, com um saldo de R$ 10,8 bilhões.

Os fundos de renda fixa atraíram R$ 93,8 Bilhões desde o mês de janeiro, até o dia 20 de maio, segundo a Anbima.

Com essa base, a entidade esclarece haver captação mais concentrada, de R$ 27 bilhões, em carteiras de curto prazo.

Na classe de ações, a captação se limita a R$ 1 bilhão em 2021, depois de R$ 71 bilhões em 2020.

Além disso, uma subida de juros normal em um ciclo de alta acaba gerando a realocação do dinheiro, entretanto, não se inclui aqui uma mudança estrutural.

Assim, em um determinado ponto, os números acabam não machucando o bolso.

Quando o ajuste monetário vem em razão de um maior ritmo de atividade econômica, com um pouco de inflação, pode acabar indicando que os lucros das empresas estão crescendo, e não necessariamente é uma má notícia para a renda variável.

O grande problema é que se assumir que a trajetória de alta vai impactar o custo de capital de equity.

Como as taxas usadas como base para o cálculo de valor justo das ações das empresas já estavam esticadas no mercado futuro, não parece haver esse efeito por enquanto.

Pressões inflacionárias podem levar Selic para a cada dos 6%

Com as pressões inflacionárias que podem levar a Selic para a casa dos 6% ao ano, a pessoa física aproveita para realizar lucros na Bolsa.

Assim, parte desse movimento se explica pela dificuldade de se dimensionar para onde vão os índices de preços.

Em bancos como o Santander, por exemplo, a procura por títulos ligados ao IPCA, que pagam taxa prefixada mais a inflação.

Os papeis mais curtos, que tem o vencimento em 2023 e 2024 compõem parte dessa demanda.

Foco dos investidores – PIB continua crescendo mesmo com piora da pandemia

Depois de passar por bons resultados em janeiro e fevereiro, a atividade econômica acabou caindo em março, mas, mesmo com a piora recente da pandemia, as revisões do PIB foram positivas.

Assim, a expectativa agora é que o PIB brasileiro consiga se manter em uma alta de 0,7% no primeiro trimestre.

Essa avaliação é feira se comparado com os três meses imediatamente anteriores.

Já em relação ao primeiro trimestre de 2020, período parcialmente atingido pela pandemia, a alta seria de 0,5%.

Taynara

Formada em Psicologia pela Universidade Paulista, sou coordenadora há 5 anos do projeto de produção de conteúdo do Marketing Team. Além disso, atuo no mercado financeiro em ações na Bolsa de Valores e investimentos esportivos há 3 anos. Através dessa página tento passar o máximo de conhecimento obtido sobre os temas há vocês.