Imposto de renda: o que muda em 2020?

Todos os anos a declaração do imposto de renda vem com novidades, é importante ficar atento.

Até o dia 30 de abril, quem teve rendimentos acima de R$28.559,00 em 2019 precisam declarar o imposto de renda. Todos os anos, para o contribuinte que já é acostumado, a rotina começa no mês anterior, com a organização de documentos e contratação de um contador.

Só que novamente, este ano, a receita federal previu algumas mudanças. A principais são a redução no número de lotes e novos campos a serem preenchidos, que serão aumentados. Para empregadas domésticas, também foram previstas mudanças.

A receita federal espera receber 32 milhões de declarações até o fim do prazo e quem não fizer, como sabemos, cai na malha fina. A declaração também precisa ser feita com atenção, já que um mínimo erro de digitação e inconsistência de dados também pode te fazer cair na malha fina.

Ficar irregular com a receita federal traz diversos problemas. Você ficará com o CPF irregular, e não poderá fazer transações bancárias, investimentos, financiamentos, empréstimos, ou seja, ficará quase que totalmente bloqueado em suas finanças.

Para você não ter problemas, separamos as principais dúvidas e problemas que as pessoas têm com a declaração de imposto de renda e como escapar deles. Além disso, vamos trazer para você as principais mudanças feitas pela receita federal em 2020. Vamos as informações!

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Imposto de renda
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Quais os motivos para cair na malha fina?

Diversos motivos podem te colocar na malha fina, por isso que é muito importante contratar um bom profissional e fazer tudo com calma e segurança. Um mínimo erro de digitação, a falta de quaisquer informação, pode te complicar muito. Veja mais motivos:

Omissão de rendimentos

Caso você tenha dependentes ou rendimentos que sejam fora do que foi declarado e a receita federal perceber, você está na malha fina. Ainda que seja uma atitude de pura e simples falta de atenção, a Receita Federal vai entender como uma ocultação de informações e você fica irregular.

Divergência de dados

Caso você informe, por exemplo, o nome completo da sua mãe em outro órgão público e na declaração apareça o mesmo nome mas com algum sobrenome faltando, por exemplo, isso é considerado uma divergência de dados e também te coloca na malha fina. Para evitar isso, sente e converse muito com seu contador para conferir sempre os dados.

Informar gastos sem comprovação

Quando você apenas informa algumas despesas ao contador, sem os recibos ou comprovações, também faz com que a receita federal desconfie desses informes. Um exemplo disso são despesas médicas com plano de saúde, onde as consultas podem até existir, mas você não tem recibo para comprovar os gastos que foram feitos.

O que acontece se cair na malha fina?

Só em 2019, mais de 700 mil pessoas caíram na malha fina! É muita gente. A Receita Federal chega até esse número através de cruzamento de dados com tecnologia avançada, que conseguem fazer uma varredura, através do seu CPF, em tudo que ele é relacionado. Vamos a alguns fatores.

Transações bancárias bloqueadas

A maioria das pessoas costuma manter contas bancárias ativas para transações simples do dia a dia. Quando você cai na malha fina, todas as contas ficam bloqueadas para transações que envolvem acréscimo de renda, empréstimos, investimentos, mas aqueles também que envolvem financiamentos e parcelamentos, ou seja, quase nada poderá ser feito naquela conta.

Pagamento de multa

Se você foi notificado pela pendência e não fez nada, terá que pagar uma multa de 75% sobre o imposto que deve, com correção pela Selic. Além de demorar mais para receber a restituição, se conseguir resolver a tempo, você já terá gasto uma grana para resolver sua situação com a receita.

Processo administrativo

E se ainda sim você não resolveu a situação, pode até sofrer um processo administrativo por parte da Receita Federal. Caso seja comprovado alguma fraude, a porcentagem de multa cresce para 150%. Um simples erro pode te deixar pendurado por um tempão com o órgão.

CPF irregular

Você imagina ficar sem CPF? É praticamente não existir como cidadão na sociedade. O contribuinte não poderá votar, assumir concurso público e será bloqueado para qualquer movimentação financeira. Sem falar que ficar em CPF nos limita em praticamente toda área da vida como cidadão.

Vou declarar, tudo certinho. O que mudou no Imposto de Renda 2020?

Alguns detalhes, para certos casos de pessoas que declaram o imposto de renda foram acrescentados. Separamos algumas mudanças importantes para você se atentar, principalmente se não utiliza o serviço de um contador (o que é recomendado!).

Doação a fundo para idosos

Como todos os anos, é permitido que o contribuinte doe parte do imposto para alguma instituição ou causa. Agora, poderá ser doado uma porcentagem para o Fundo do Estatuto do Idoso, sendo limitado 3% do valor declarado por doação. Ainda é permitido encaminhar 3% também para o Estatuto da Criança e do Adolescente, como sempre foi permitido.

Contribuinte receberá antes

Ao invés de 7 lotes, o governo federal reduziu para 5 o número de lotes de pagamento. O primeiro lote está previsto para ser pago em 29 de maio e o último, 30 de setembro. Em 2019, por exemplo, o último lote foi pago em dezembro. Essa medida faz com que o governo tenha a as arrecadações nos cofres em um período menos longo.

Novidades nos campos obrigatórios

Agora o contador ou contribuinte precisa informar o código do banco nas declarações. A medida, segundo o Governo Federal é para facilitar o pagamento e o débito automático de pagamentos de impostos. Outra novidade é que o contribuinte terá que informar com detalhes é se o bem declaro é dele ou de algum dependente, ou seja, indicar nos campos direcionando a nomes.

Rendimentos recebidos acumuladamente

O contribuinte poderá informar no campo “rendimentos recebidos acumuladamente” o valor da parcela isenta para idosos que tem mais de 65 anos. Para os contadores, é preciso selecionar o campo “Ajuste anual” para que isso valha efetivamente para seu cliente. Converse com o cliente ou contador para entender se isso seria válido para seu caso.

 

 

 

Mônica

Formada em Jornalismo pela UNIGRAN (Dourados), experiente em conteúdos de finanças.