Inflação do Brasil ultrapassa o teto de meta do governo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, ficou em 0,93% no mês de março.

Esse é um valor acima da taxa de 0,86% que foi registrada no mês de fevereiro.

A partir dessa aceleração, o indicador total que foi acumulado em 12 meses ultrapassou o teto de meta do governo para a inflação do ano.

Essa é uma situação que não acontecia há mais de quatro anos, segundo os dados apontados nesta sexta-feira, pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Além disso, a taxa de 0,93% é o maior resultado para um mês de março desde o ano de 2015, quando houve o registrado a inflação de 1,32%.

Os maiores impacto foram causados pelos aumento dos preços de fás de botijão, 4,98% e preços de combustíveis, 11,23%.

Inflação teve um salto de 6,10% em 12 meses

Somando no ano de 2021, o IPCA acumula uma alta de 2,05%.

Já somados em 12 meses a inflação total chega a 6,10%, acima dos 5,20%, que foi observado nos 12 meses imediatamente anteriores.

Além disso, esses são números maiores desde dezembro de 2016 com esse intervalo de tempo, quando chegou em 6,29%.

A taxa total de 12 meses ficou, pela primeira vez no ano, acima do limite superior da meta de inflação estabelecida este ano.

Nesse caso, o centro da meta é de 3,75% onde poderia variar entre 2,25% até 5,25%.

Segundo o próprio IBGE, a última vez que esse indicador ultrapassou o teto de meta do Banco Central foi em novembro de 2016, com o percentual foi de 6,99%.

Mesmo que tenha estourado o teto da meta para o ano, o IPCA veio abaixo das expectativas.

Uma pesquisa feita pela Reuters apontou que a partir das analises realizadas, a alta esperada era de 1,03% no mês de março, acumulando em 12 meses alta de 6,20%.

O que influenciou a inflação

Dos grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram avanço nos preços dentro do mês de março.

Abaixo apresento a lista que foi disponibilizada no índice do mês:

  • Habitação – 0,81%;
  • Artigos para a casa – 0,69%;
  • Alimentação e bebidas – 0,13%;
  • Despesas pessoais – 0,02%;
  • Vestuário – 0,29%;
  • Transportes – 3,81%;
  • Educação – – 0,52%;
  • Cuidados pessoais e saúde – – 0,02%;
  • Despesas pessoais – 0,04%;
  • Comunicação – -0,07%.

Gasolina influenciou diretamente no teto de aumentos no Brasil

Segundo as pesquisas do IBGE, a gasolina teve um aumento de 11,26%, o que tornou ela a responsável pelo maior impacto sobre o índice do mês.

Sozinha ela corresponde por 0,60 ponto percentual da inflação de março, com uma variação de 6,32% em São Luís até 14,45% na cidade do Rio de Janeiro.

Já o preço do óleo diesel, com aumento de 9,05% e do etanol com 12,59% contribuíram conjuntamente com mais 0,11 para a taxa total de inflação no mês de março.

Acumulando os 12 meses, o etanol conseguiu uma alta de 25,19%, o diesel de 17,10% e gasolina de 23,48%.

Com os sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre os meses de fevereiro e março, o que impactou nos preços das vendas para o consumidor final.

O segundo maior impacto sobre o IPCA do mês veio da Habitação, principalmente em razão do gás de botijão, que acumulou uma alta de 20,01% nos últimos 12 meses e da energia elétrica.

 

Taynara

Formada em Psicologia pela Universidade Paulista, sou coordenadora há 5 anos do projeto de produção de conteúdo do Marketing Team. Além disso, atuo no mercado financeiro em ações na Bolsa de Valores e investimentos esportivos há 3 anos. Através dessa página tento passar o máximo de conhecimento obtido sobre os temas há vocês.