Inflação – Veja como anda a situação no Brasil e Estados Unidos
O crescimento do PIB acima do esperado trouxe novos desafios para o Banco Central referente a inflação.
Com a atividade econômica mais forte, diversos bancos e gestores de recursos elevaram as suas próprias projeções.
Assim, a inflação é focada não somente em 2021, como de 2022 também.
Analistas apostam que a normalização parcial mencionada na última ata do Comitê de Política Monetária será arquivada.
Portanto, a Selic irá se deslocar até o final do ano para 6,5% ou entraram em um terreno contracionistas.
Entretanto o Banco Central ainda não tem a mesma visão que alguns economistas, mas pode mudar de ideia.
Visão do BC está defasa com atuação do PIB frente a inflação
Diante de um PIB mais forte no primeiro trimestre de 2021, a visão da autoridade monetária sobre o desempenho do país na economia estaria defasada.
Da mesma maneira está defasada a insistência na normalização parcial, que acabou levando ao anúncio de uma nova elevação de 0,75 ponto da Selic.
Entretanto, o Banco Central também já tinha uma visão mais acurada de uma parte grande do mercado antes de divulgar as contas nacionais.
Assim, o BC já tinha considerado dentro do seu cenário de aumento na inflação em um desempenho melhor da economia, mesmo com economistas indo contra.
Ainda assim, o desempenho se mostrou ser até melhor, o que pode mudar a dose das correções de juros que serão feitas.
Balanço de riscos deve ser modificado pelo Banco Central
O balaço de riscos, que irão definir os próximos passos da política monetária, pode ser alterado.
Mesmo com incertezas sobre o desempenho futuro da economia continuem acima do esperado, o impulso à atividade as torna incertas.
Além disso, o cenário pode ser modificado com uma terceira onda ainda mais potente da pandemia, mesmo que o BC acredita que haverá a imunização completa da população de setembro até o fim do ano.
Estados Unidos – Será que a inflação está voltando com tudo agora?
A reunião do mais importante comitê econômico do mundo, o Banco Central dos Estados Unidos, conhecido como Federal Reserve (Fed) em dezembro de 1964 foi rotineira.
As autoridades concordaram que a economia iria precisar lidar com o aumento dos gastos, sem uma forte pressão de alta sobre os preços.
Os preços das matérias-primas estavam subindo, mas a inflação geral, concluíram, não era um risco sério.
Essa reunião aconteceu apenas duas semanas antes do início de um período de 17 anos que hoje o Fed chama de A Grande Inflação.
Nos dias de hoje, o presidente Joe Biden, adotou uma abordagem para “fazer tudo o que for preciso” para reanimar a economia americana.
Além disso, a ideia é reduzir a desigualdade, mesmo que isso crie o risco de uma certa inflação.
Na palavras dele, existe uma tendência de pensar que, por causa das restrições de oferta, a economia terá uma inflação maior em 2021 do que os Bancos Centrais acreditavam.
Além disso, ele deixou claro que essa situação vai se estender para 2022 e 2023.
Entretanto, embora as expectativas do mercado com a inflação tenham crescido fortemente em 2021, as principais autoridades econômicas continuam calmas.
No Fed já se fala com mais frequência que em algum momento os atuais membros do comitê que estão fixando as taxas de juro irão precisar pensar em reduzir dois itens:
- O ritmo de criação de dinheiro;
- Compras de títulos do governo.
Entretanto, se entende aqui que a inflação começou a se recuperar para níveis normais.
Assim, o Banco Central dos Estados Unidos prometeu manter a política monetária ativa até que ela concretize uma recuperação inclusiva.