Investidores andam preferindo investir em ações a renda fixa
Vale, Rede D’Or, Natura, B3 e Petrobras PN, exatamente nessa ordem estão entre as ações preferidas entre os investidores brasileiros.
Um levantamento feito da Comdinheiro mostra que nos fundos de investimentos existe uma dominância de algumas empresas, nem sempre as que estão em mais destaques na Ibovespa.
Na verdade, o mapeamento dá sinais de quanto o setor se descola para uma gestão mais ativa ou indexada.
Ações somaram R$ 198,2 Bilhões de investimentos
No final do mês de março a soma que foi alocada entre as 20 maiores posições ligadas as ações chegavam a R$ 198,2 bilhões, enquanto que a indústria de maneira geral tinha R$ 516 bilhões em bolsa no Brasil.
Segundo os dados, existem 20 papéis que correspondem por mais de dois quintos das alocações totais, apresentando ações bastante concentradas.
Quanto maior for o distanciamento entre as posições no índice, existe uma sinalização clara sobre a preferencia pela gestão ativa como um todo.
A Natura, por exemplo, ocupa atualmente a 14ª posição no Ibovespa, mas é a certeza maior dentro nas carteiras dos fundos, com o sando de R$ 14,3 bilhões.
Já a Rede D’Or, que estreou na B3 em dezembro e ainda não estreou no índice principal, já foi considerado o segundo papel mais relevante nos fundos, com R$ 19,6 bilhões.
Depois do top cinco, a lista tem os seguintes papéis:
- Suzano;
- Itaú;
- Evena;
- Intermédica;
- Equatorial;
- Localiza;
- Dias Branco;
- BTG Pactal;
- Petrobras ON;
- Bradesco;
- Via;
- Magazine Luiza;
- Lojas Renner;
- Rumo;
- Banco do Brasil.
Foco dos investidores são sempre ativos de qualidade
De maneira geral, a amostra conseguiu revelar um viés para os ativos de qualidade.
Suzano, por exemplo, é um ativo que os investidores mantêm durante muito tempo pela exposição das receitas serem em dólar.
Isso acontece porque ela se torna um papel de hedge para a economia brasileira, já que é fundamental carregar ativos que performa bem quando existe algum barulho político, o que no Brasil acaba acontecendo com frequência.
Avaliando as 20 ações mais representativas na indústria de fundos, fica claro que o mercado está dando atenção mais as empresas premium.
Busca por ações superaram CDB e Tesouro Direto
Um levantamento realizado pelos investimentos Yubb evidencia como a pandemia pode ter transformado os hábitos dos investidores.
Em uma das conclusões mais interessantes, as procuras por ações de empresas passaram a ser as mais frequentes, deixando para trás:
- Tesouro Direto;
- CDB;
- Fundos multimercados.
Os três modelos de investimentos eram os produtos campeões de popularidade até março do ano passado, quando o novo coronavirus desembarcou no Brasil.
Esse foi um salto significativo, já que antes da pandemia essa procura por ações não aparecia nem entre as dez possibilidades mais frequentes.
Em razão desse aumento, outros tipos de investimentos como fundos imobiliários também viram a sua popularidade aumentar.
Além disso, é interessante analisar essa situação visto que 2020 foi um ano marcado por uma enorme volatilidade, entretanto, vai ao encontro de pessoas físicas que estão cadastradas na bolsa de valores.
A pesquisa analisou mais de 187 milhões de buscas realizadas no site da empresa entre 1º de março de 2019 e 1º de março de 2021, em valores de até R$ 50 mil se sem limite de prazo de vencimento.