Como escolher e investir em fundos multimercado
Depois de saber o que são os fundos, seus tipos, chegou o momento de saber como escolher e investir em fundos multimercado.
Portanto, se você deseja saber mais sobre o tema, fique comigo até o final que apresentarei o passo a passo bem prático.
Boa leitura!
Como escolher e investir em fundos multimercado?
#1 – Entenda qual é a classificação do fundo multimercado:
Como existe uma liberdade de escolha na hora de investir em fundos multimercado, você tem uma distinção significativa entre os ativos ou derivativos presentes.
Nesse caso, os investimentos podem ir desde os mais conservadores até os mais agressivos.
Portanto, é fundamental avaliar o prospecto e entender como se organizam as decisões do gestor do fundo.
Ou seja, você precisa saber em que categoria ele está inserido, que podem ser três:
- Estratégia;
- Investimento no exterior;
- Alocação.
Aqueles que trabalham com ativos distintos como câmbio, renda fixa e ações estão dentro da categoria de alocação.
Já quem utiliza um percentual grande em investimentos no mercado externo, estão na categoria de investimento no exterior.
Por fim, os que seguem um padrão de escolha que é gerido de maneira individual, são aqueles que se encaixam na categoria de estratégia.
Quando você sabe quais são as categorias que o fundo se encaixa, você consegue saber quais alinham aos seus objetivos e ao seu perfil de investidor, pensando sempre na sua tolerância ao risco.
#2 – Estratégias de investimento:
Os fundos multimercados podem seguir diversas estratégias, pois, além das categorias que foram citadas, existem duas divisões chamadas:
- Balanceados;
- Dinâmicos.
Os balanceados não admite nenhuma alavancagem e não permite muita liberdade em relação as politicas de rebalanceamento e alocação.
Já o segundo conta com uma flexibilidade maior.
Ou seja, os fundos dinâmicos dão uma autonomia maior ao gestor para poder acompanhar as movimentações do mercado.
Mas, eles apresentam mais riscos, já que a alavancagem aumenta a exposição das perdas.
#3 – Investir em fundos multimercado – Volatilidade:
Os fundos multimercados pode ter um perfil mais conservador e investir em ativos de renda fixa.
Quando esse tipo de situação acontece, a volatilidade e o risco costumam vir a ser menor, já que os investimentos são mais estáveis.
Por outro lado, quando se realiza os aportes na renda variável é sempre bom avaliar a volatilidade onde o fundo se expõe.
Por que? Porque ela pode gerar um risco maior para os seus investimentos, principalmente se você tem o intuito de fazer alguns resgates curtos ou mesmo no médio prazo.
Portanto, compreender bem qual é o percentual de variação da média da sua rentabilidade é fundamental para realizar as suas escolhas.
É justamente esse dado que a taxa de volatilidade aponta, já que quanto maior for a porcentagem, maiores serão os riscos.
Vale lembrar também que a exposição a riscos maiores costuma acontecer na tentativa de buscar maiores rentabilidade.
Assim, você precisa ponderar quais são as suas preferências.
Alguns dados que você precisa saber são:
- Baixa volatilidade – Índices abaixo de 3%;
- Volatilidade média – Índice de até 10%;
- Alta volatilidade – Índice acima de 10%
#4 – Cobrança de taxas:
Os fundos multimercados são administrados por um gestor.
É o gestor que é responsável por tomar as decisões que trazem os resultados ao investidor.
Nesse caso, ele é um profissional especializado em investimentos.
Portanto, você irá lidar com há cobrança de algumas taxas para poder remunerar o seu trabalho.
Assim, é fundamental ficar de olho nelas, já que essas taxas podem impactar o valor final que você recebe.
Mas, normalmente, a principal taxa cobrada aqui é a de administração.
O valor pago é fixo e é cobrado sempre em cima do total aportado no fundo.
Além disso, pode ser cobrado uma taxa de performance também, que é uma remuneração que acontece quando os rendimentos ficam acima do esperado.
Assim, na hora de avaliar as taxas possíveis, uma dica é sempre olhar o custo-benefício.
Ou seja, avalie se a entrega da gestão é proporcional a taxa que está sendo cobrada.
Normalmente, os valores mais baratos são de gestão passiva, enquanto a gestão ativa acaba cobrando mais remuneração.
#5 – Gestão de riscos:
Anteriormente já mencionei sobre a gestão de risco na hora de você definir os melhores fundos multimercados.
Entretanto, é fundamental fazer uma pausa para poder reforçar esse ponto.
Digo isso porque é imprescindível saber qual é o perfil de risco do fundo e se ele combina com o seu perfil.
Analisar os riscos é um momento que exige atenção, porque a exposição pode ser diferente de acordo com o fundo multimercado.
Ou seja, independente do seu perfil de investidor, você pode encontrar os fundos adequados.
Entretanto, para seguir esse passo, você precisa conhecer a estratégia do fundo e avaliar bem o prospecto dele.
Evite ao máximo escolher alternativas que estejam em um risco muito baixo ou acima do que você está esperando da sua carteira.
#6 – Investir em fundos multimercado – Liquidez:
Por último, é fundamental observar a liquidez.
A liquidez diz respeito à rapidez e à facilidade com a qual você consegue receber o seu dinheiro.
Ou seja, você vai se desfazer das cotas e resgatar o dinheiro.
A liquidez depende muito de cada fundo, mas é bem comum ela não ser alta, especialmente em fundos que investem em renda variável.
Muitas pessoas costumam definir, por exemplo, em um prazo de D+30 para o resgate.
Isso quer dizer que o investidor só irá receber o valor solicitado depois de 30 dias da data que você realizou o pedido.
Em alguns casos, é possível encontrar liquidez mais baixa ou mesmo fundos que fecham por um período, não autorizando assim os resgates.
Claro, essa falta de liquidez pode não vir a ser um problema para você, mas, é preciso se programar para ela.
Uma maneira de fazer isso é fazendo investimentos nos fundos visando tanto o médio quanto o longo prazo.
Portanto, se você está em busca da liquidez diária, essa pode não ser a melhor opção.