Lucro líquido do BNDES no primeiro trimestre de 2022

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou recentemente o valor do seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2022, que teve um crescimento de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. 

No último dia 12 de maio, o BNDES divulgou que obteve um lucro líquido equivalente a R$ 12,9 bilhões. Os desembolsos, de janeiro a março deste ano, foram de R$ 14,8 bilhões, o que significa 31% a mais do que no primeiro trimestre de 2021.

O lucro líquido representa a diferença entre a receita total e o custo total da empresa dentro do período analisado. Então, este valor é aquilo que o BNDES recebeu de lucro após todos os descontos obrigatórios e os custos de operação.

De acordo com informações divulgadas pela banco, o desempenho do BNDES foi impulsionado pelos seguintes fatores: a reclassificação de JBS (R$ 5,8 bilhões), receita com dividendos da Petrobras (R$ 3 bilhões), resultado líquido das alienações de ações (R$ 1,3 bilhão) e saldo positivo de equivalência patrimonial de R$ 0,8 bilhão. 

Já em relação à estruturação de negócios, o primeiro trimestre de 2022 foi marcado pela realização de leilões de Codesa, Parque Nacional do Iguaçu e as Parcerias Público-Privada (PPPs) de iluminação pública de Caruaru e Jaboatão dos Guararapes.

Em 31 de março de 2022, o ativo do sistema BNDES totalizou R$ 749,7 bilhões, o que equivale a 1,7% a mais quando comparado a mesma data do ano passado. Enquanto isso, a carteira de crédito e repasses, líquida de provisão, totalizou R$ 433,7 bilhões. 

Os dados de inadimplência mostram que ela se manteve baixa em 0,21% por mais de 90 dias, o que representa uma inadimplência baixa. Em 31 de março deste ano, o patrimônio líquido atingiu R$ 142,4 bilhões, representando um aumento de 12,1% em relação ao mesmo período em 2021.

Imagem: BNDE.gov

Petrobras

Gustavo Motezano, atual presidente do BNDES, comentou sobre a eventual privatização da Petrobrás, que foi anunciada pelo novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. É importante ressaltar que toda a modelagem das privatizações das estatais passa, obrigatoriamente, pelo BNDES.

De acordo com Montezano, se o governo seguir com a decisão de privatizar a Petrobrás, não será possível estabelecer um prazo para que isso ocorra. 

“Eu prefiro não passar um timing, varia por operação. Apenas como exemplo, o que aconteceu na Eletrobras, a gente foi mandatado em fevereiro de 2021. Já transcorreu um ano e meio. A Petrobras é outro ativo, também complexo. Passar qualquer estimativa de data, acho que seria um pouco leviano”, disse Gustavo.

Montezano ainda afirmou que se caso o Ministério de Minas e Energia resolver optar pela privatização de uma empresa do porte da Petrobrás, o Programa de Parcerias e Investimentos contrata o BNDES para fazer esse estudo. Além disso, o presidente do BNDES ainda afirmou que a decisão precisa ser discutida a um nível político. 

“O BNDES, com o seu corpo técnico, contrata consultores e assessores e faz as análises econômicas, regulatórias e jurídicas de qual seria a melhor solução, a melhor resposta, para atender esse anseio do ministério. Qualquer privatização é uma operação delicada, com muitos impactos para a sociedade. Tem que ser discutido em nível político também”, explicou.

Edson

Iniciando o primeiro período na faculdade de cinema e redator. Trabalhando com a escrita desde 2018, sempre encarei os meus textos com grande responsabilidade, e escrever sobre finanças e economia não vai ser diferente. Descomplicar esses temas para o público geral com certeza é o meu maior desafio, e espero que vocês me acompanhem nessa.