Negociar dívidas durante a pandemia

A pandemia pode ser um bom momento para conseguir descontos e negociar as suas dívidas.

Sabemos que muitas famílias estão endividadas a anos e não conseguem uma boa negociação porque as financeiras ou bancos são irredutíveis. Sempre colocam taxas abusivas ou os parcelamentos, no final, se tornam valores ainda maiores do que a primeira dívida.

Ainda que o cenário econômico das famílias tenham piorado, muitas mantém reservas de emergência para lidar com situações urgentes ou aproveitar boas oportunidades. A terrível situação na saúde pública mundial fez com que muitos bancos e financeiras diminuíssem arrecadação.

A consequência é o aumento de ofertas para quitar dívidas. Ainda que seja interessante, o cliente inadimplente precisa analisar todos os lados dessa negociação e claro, se isso não vai impactar negativamente no orçamento, ou seja, se o dinheiro não vai faltar lá na frente.

Existem situações onde a quitação da dívida é benéfica e em alguns casos onde mesmo que pareça interessante, pode nos prejudicar. Separamos algumas situações hipotéticas onde pode ser interessante sair daquela dor de cabeça e em alguns casos onde não é sugerido.

Lembrando que essas dicas são para pessoas que não estão apertadas durante a pandemia e conseguem se manter ainda que a renda tenha diminuído. Caso seja seu objetivo pagar aquela conta que tira seu sono, talvez essa seja a hora certa.

Aprenda como negociar as dívidas durante a pandemia

Negociar dívidas
Descubra como se livrar das dívidas negociando de maneira eficiente!

Quando a negociar as dívidas vale a pena?

Nem sempre aquela chance única de quitar um débito é bom para nosso bolso. Na hora pode parecer uma chance única, mas com o passar do tempo percebemos até que pagamos mais em parcelas do que o próprio valor da dívida.

Pagamento único

Digamos que você fez uma dívida de R$1.000,00, há muitos anos, e com o passar do tempo o débito cresceu muito e chegou a R$3.000,00. Caso o banco ou a financeira oferecer um pagamento único abaixo de R$ 500,00 já vale a pena quitar a dívida em um pagamento único. Parcelar não é uma boa ideia!

Desconto no valor final

Quitar com um desconto de 50%, por exemplo, é muito interessante, ainda mais se o dinheiro não fará diferença no seu orçamento mensal. Só que a oferta não vai aparecer na sua porta, você precisa entrar em contato com o responsável pela dívida e tentar a negociação até que consiga o que quer.

Liberação de uso

Se sua dívida for com o cartão de crédito do banco ou algum cartão de loja, por exemplo, é muito benéfico se a empresa ou instituição financeira permitir a quitação e deixar que você volte a utilizar o crédito. Claro que nesses casos o cliente também precisa está sem restrições, então, se isso for possível, vale a pena pagar a dívida de maneira integral, ou aceitar o parcelamento mediante essa alternativa.

Parcelas que não comprometam orçamento

Caso não consiga pagar integralmente, observe a quantidade de parcelas e o valor delas. Parcelas altas e longas podem ser um problema. Imagine esse novo compromisso como uma conta mensal, ou seja, coloque na ponta do lápis para saber se terá condições de arcar. Isso porque se você pagar algumas parcelas e não ir até o final, só perderá dinheiro e ainda continua inadimplente

Quando a negociação não vale a pena

Tem negociações que até percebemos que podem ser ruins para o bolso, mas no desespero para quitar logo acabamos topando condições péssimas de parcelamento achando que por causa da pandemia a quitação está sendo ótima e benéfica para o orçamento.

Parcelas demais

É importante saber que ninguém pode adivinhar como estará financeiramente daqui há 24 meses. Se uma dívida existe, é abaixo de R$ 1.000,00, por exemplo, e a única alternativa são parcelas que duram dois anos, pense bem. Talvez no fim das contas você estará pagando o dobro e pendurada em parcelas que em algum momento serão um peso para o orçamento da família.

Comprometimento da renda

Tenha prioridades, principalmente num momento de incertezas como esse. Coloque na ponta do lápis para perceber se uma parcela ou um pagamento único não será um impacto negativo no seu orçamento mensal, fazendo com que algumas despesas básicas sejam prejudicadas por causa de uma dívida antiga. Observe!

Sem reserva de emergência

Ninguém sabe o dia de amanhã. Podemos nos sentir seguros agora, no começo da pandemia do novo coronavírus, mas o ano inteiro será difícil. Se você não tem uma reserva de emergência, nem pense em dívidas antigas agora. Mantenha ela guardada para possíveis emergências, seja de mantimentos em casa ou até de saúde.

Se não tem uma reserva, ou seja, depende de rendimentos mensais, as dívidas terão que esperar ainda que boas negociações apareçam. Foque em manter a sua vida financeira e ter o básico neste momento e só depois pense nas suas pendências.

Transações seguras

Nessa época, infelizmente, muitos golpistas vão se aproveitar das pessoas. Sempre que aparecer uma chance única, que chegue no e-mail ou em suas redes sociais, leia muito bem e se parecer estranho, nem abra! Pode ser um vírus ou algo que vai comprometer sua saúde mental e o orçamento familiar.

Observe sempre caso a transação pareça muito simples, rápida e se o que estão oferecendo para você vem de um endereço seguro. Na menor desconfiança, saia fora na hora! Ainda que a pandemia proporcione boas oportunidades, você pode ser surpreendido com uma grande perda financeira.

Vale mais a pena negociar as dívidas com banco ou financeira?

Não existe uma pesquisa que demonstre em números ou porcentagens se vale mais a pena negociar com bancos ou empresas, mas, por experiência própria percebemos que algumas financeiras sempre vão abusar da nossa confiança. Financeiras ganham dinheiro através das nossa negociações e precisam fornecer a porcentagem da empresa e ainda cobrar pelo serviço prestado.

Pela lógica, as negociações com financeiras, então, serão mais caras sim. Bancos são grandes instituições financeiras e claro, também vão tentar “arrancar” dinheiro da gente, mas essas pequenas financeiras poderão oferecer acordos absurdos parecendo coisa boa. Fique atento.

Mônica

Formada em Jornalismo pela UNIGRAN (Dourados), experiente em conteúdos de finanças.