Páscoa – Comércio deve ter pior ano desde 2008 aponta CNC
A faturamento do comércio nessa Páscoa deve ser muito menor do que foi no ano passado, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Em seu segundo ano de pandemia, os dados estimam que a quinta data mais importante e comemorativa do varejo no Brasil irá movimentar apenas R$ 1,62 bilhão.
Esse é o menor volume desde 2008, com uma pequena retratação do que aconteceu em 2,2%, se comparado em 2020.
Entretanto, já em 2020 foi registrado uma queda de 28,7% na arrecadação do comércio durante a páscoa.
Segundo a CNC alguns quesitos acabam impactando diretamente nesses dados e os principais são impactos na pandemia na:
- Renda da população;
- Redução de importados;
- Fechamento do comércio nas vésperas dos feriados.
A partir da análise, esse é um segmento do comércio que, historicamente, necessita do consumo presencial.
Além disso, existe uma dificuldade muito grande nas vendas online para poder comprar itens de chocolate ou mesmo ovos de pascoa, mesmo que tenha acontecido avanços tecnológicos em muitos setores.
Alta do dólar, inflação e endividamento influencia na queda das vendas na páscoa
A CNC destacou também que, de acordo com os números apresentados pelo Banco Central, 28,4% da renda dos brasileiros está comprometida para o pagamento de dívidas.
Esse é o maior patamar da série, que foi criada em 2005.
Além disso, a Semana Santa irá acontece antes do início do pagamento do novo auxílio emergencial, que é o programa que permitirá desafogar, mesmo que parcialmente, o orçamento das famílias.
Já a desvalorização de 23% frente ao dólar nos últimos 12 meses, acabou aumentando os preços da importação de produtos típicos, inibindo o consumo.
A quantidade de chocolate importada no ano de 2021, por exemplo, foi a menor quantidade desde 2013.
Produtos como a bacalhau, muito comprado nessa época do ano, também foi a mais baixa desde a páscoa de 2009.
Assim, a tendência é que esses produtos acabem ficando bem mais caros neste ano, além das bebidas alcoólicas e os chocolates.
São Paulo deve aumentar as vendas na época do ano
Diferentemente do que vem acontecendo na maior parte do Brasil, a expectativa da APAS – Associação Paulista de Supermercado é de que haverá um aumento de 5,5% nas vendas, se comparado ao ano passado.
O setor em 2021 continuou em uma crescente das vendas de produtos que acabam sendo mais baratos e menores, como barra de chocolates ou bombons.
Por sua vez, uma pesquisa acompanhada pela Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados, em 2020 a quantidade de chocolate produzida foi de 8,5 mil toneladas para o período de páscoa.
Se comparado com 2019, onde foram produzidos mais de 10 milhões de toneladas de chocolate na pascoa, ocorre uma queda de 15%.
A companhia ainda não divulgou nenhuma projeção para o ano de 2021, entretanto, o número de lançamento de grandes fabricantes para essa páscoa acabou caindo de 132, que havia em 2020 para 95 no ano de 2021.
Esse fator, pode influenciar diretamente nos dados, já que a quantidade de pessoas ofertando é menor, diminuindo o percentual de chegar ao consumidor final.
Além disso, com a impossibilidade de caminhar pelo comércio, o consumidor evita comprar os itens de maneira online.