PIX: conheça a novidade que deve acabar com TED, DOC e cartão de débito

Recentemente anunciado pelo Banco Central, o PIX já está dando o que falar. A novidade deve chegar ainda este ano e pretende revolucionar os meios de pagamento, substituindo os famosos TED e DOC e ameaçando inclusive os cartões de débito.

Segundo o BACEN, a ideia é principalmente baratear os custos e trazer mais agilidade para as transações, o que não costuma acontecer com os serviços atuais.

Quer saber quando o PIX será lançado e como ele irá funcionar? É o que vamos te mostrar neste artigo. Continue lendo!

O que é o PIX?

O PIX é um sistema de pagamentos instantâneo que está sendo desenvolvido pelo Banco Central.

Se você já fez alguma transferência via TED ou DOC, sabe que, apesar de alguns bancos digitais oferecerem gratuitamente esses serviços, muitas instituições financeiras ainda cobram por eles. Além disso, o dinheiro pode levar algum tempo para entrar na conta do destinatário.

O mesmo acontece em uma transação feita usando uma maquininha de cartão. O valor passa por vários intermediários (bandeira do cartão, empresa da maquininha, contas bancárias) até chegar à conta do vendedor.

A proposta do PIX é justamente acabar com esses problemas. O pagamento seria feito de forma praticamente instantânea (em menos de 20 segundos) e sem intermediários, ou seja, sai de uma conta e entra diretamente na outra.

Quando o sistema será lançado?

De acordo com o presidente do BACEN, o PIX já estará disponível a partir do dia 05 de outubro de 2020. Até lá, as instituições financeiras participantes terão de se adequar para receber o serviço.

Nesta primeira fase, os clientes poderão realizar o cadastro no novo sistema e, a partir do dia 16 de novembro, o PIX será lançado para toda a população.

 

Quais serão as vantagens do PIX?

  • Ao contrário do TED e do DOC, que respeitam o horário comercial dos bancos, o PIX funcionará 24h, durante todos os dias da semana.
  • O pagamento é praticamente instantâneo, levando poucos segundospara o dinheiro sair de uma conta e chegar a outra.
  • Diferente das máquinas de cartão que cobram taxas e tarifas pela intermediação dos serviços, os pagamentos pelo PIX serão sem intermediários, o que provavelmente significará menos custos para os comerciantes
  • Quase mil instituições financeirasjá confirmaram adesão ao sistema
  • Por ser um sistema desenvolvido pelo próprio Banco Central, a tendência é que seja bastante seguro

Quais instituições financeiras já aderiram ao PIX?

Todas as instituições financeiras com mais de 500 mil contas ativas são obrigadas a aderir de forma direta ao PIX. Sendo assim, os bancos tradicionais (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Santander) os bancos digitais famosos (como o Nubank e Inter) e as carteiras digitais (como o PagSeguro) estarão no sistema.

Porém, outros bancos tradicionais, digitais e fintechs também já estão na lista de adesão ao PIX, que, no mês de junho, já contava com 980 nomes. Confira a lista completa das instituições clicando neste link.

A quem poderei pagar usando o PIX?

Segundo o BC, as transações poderão ser feitas:

  • Entre pessoas físicas
  • Entre pessoas e estabelecimentos comerciais
  • Entre dois estabelecimentos comerciais diferentes
  • Para o governo (taxas e impostos, por exemplo)

Como irá funcionar?

Como dissemos anteriormente, no dia 05 de outubro os clientes das instituições financeiras participantes poderão fazer um cadastro no novo sistema do PIX. Inicialmente, os pagamentos serão feitos digitalmente e de forma on-line. Confira os passos:

 

  1. Depois de cadastrado e quando finalmente a plataforma for liberada para todos, o cliente poderá entrar no aplicativo do banco e escolher o PIX como forma de pagamento
  2. Será possível escolher entre pagar ou receber o dinheiro
  3. Depois de selecionada a opção, a pessoa digita o valor e escolhe se irá pagar ou receber através de uma chave de endereçamento (número de telefone, CPF/CNPJ ou e-mail cadastrado no PIX) ou por meio de QR Code (bem parecido com outros sistemas de pagamento, como o PicPay)
  4. Caso escolha o QR Code, o recebedor deverá gerar o código e basta quem estiver pagando usar a câmera do celular para lê-lo
  5. Após usar uma chave de endereçamento ou ler o QR Code, o usuário digita a sua senha do PIX para confirmar o pagamento. A confirmação gera um comprovante para as duas partes envolvidas na transação.

Conclusão

Em tempos de bancos digitais e contas sem tarifas, o PIX chega para ser a aposta do Banco Central na missão de modernizar o Sistema Financeiro Nacional, entregando mais agilidade e menos custos para as transações.

O mecanismo será lançado em outubro deste ano e promete transferências entre contas efetuadas em questão de segundos, funcionando 24h por dia e durante todos os dias da semana (incluindo feriados).

Sem dúvida, é uma novidade que chega para revolucionar os meios de pagamento do mercado, acirrar a disputa entre bancos tradicionais, digitais e fintechs e entregar serviços mais modernos e baratos para pessoas físicas e jurídicas.

Matheus Rabello

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Espírito Santo e atualmente cursando a segunda graduação, em Administração, também na UFES. Atua como redator publicitário e criador de conteúdo freelancer, com foco em SEO.