Preço do dólar – Para não quebrar recorde BC terá de ser agressivo
Na semana passada o Banco Central conseguiu frear as novas investidas do preço do dólar, realizando intervenções pesadas no mercado de câmbio.
Agora, para evitar que a moeda chegue a um novo recorde em território brasileiro, o Copom provavelmente terá de ser mais agressivo essa semana.
Entretanto, essa tarefa não será nem um pouco fácil para os membros do comitê.
Por que?
Porque mesmo que estejam cientes da alta do dólar, eles acabam correndo o risco de serem agressivos na hora de realizarem a primeira alta da taxa Selic.
Vale lembrar que a taxa não é aumentada a cerca de seis anos, e uma grande alta dela pode acabar prejudicando a recuperação da economia.
Banco Central já injetou dinheiro para controlar o preço do dólar
Na semana passado, o Banco Central decidiu injetar o valor total de US$ 3,2 bilhões dentro do mercado de cambio.
Entretanto, para a surpresa de muitos, a intervenção veio em um momento em que o dólar já estava perdendo força no dia.
Ainda assim a ideia funcionou e o dólar acabou interrompendo ali uma sequência de quatro semanas de ganhos no Brasil.
Mas, essa mudança acabou alimentando um tema que envolve as intervenções que tem como foco aliviar a pressão por uma alta de juros mais agressiva.
Mesmo que muitos analistas esperam um aumento de 50 pontos-base para a taxa Selic, com 2,5% na quarta-feira, os operadores de cambio acreditam que a elevação precisar ser um ponto percentual a mais.
Vale lembrar que o real já está entre as moedas de pior desempenho nos mercados emergentes.
Certamente essa é uma das situações que colocaram o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dentro de um dos maiores testes da sua carreira.
Banco Central pode ir compra os maiores bancos do mundo
O Banco Central no Brasil pode ser o primeiro grande banco no mundo que irá aumentar os juros durante a pandemia.
Esse é um contraste importante dentro dos mercados desenvolvidos, já que a maioria das autoridades políticas monetária estão mais ocupados em garantir para os investidores que os custos de financiamento irão permanecer baixo.
Entretanto, segundo os economistas, com a situação atual do Brasil, o Banco Central não tem muitas escolhas.
Além disso, as intervenções irão fornecer um alívio temporário para a moeda e com os juros mais altos são necessários para conseguir apoiar o real.
Se o Banco Central não tivesse atuado e se não tivesse confirmado o aumento de 0,50 p.p, as chances de o dólar passar dos R$ 6 seria totalmente possível.
Preço do dólar – Aumento da inflação deixa Bolsonaro ainda mais desconfortável
O possível aumento da inflação deixa o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro em uma situação bem desconfortável.
Muito cobrado nas redes sociais em vídeos que estão sendo intitulados “Bolsocaro” o presidente reclamou diversas vezes em público em razão dos aumentos de:
- Carnes;
- Arroz;
- Gás de Cozinha;
- Combustíveis.
Sentindo o termômetro da população, ele sobre o tom na hora de cobrar a sua equipe econômica nas lives que acontecem todas as quintas-feiras.
A população atualmente não está acostumada a viver com a inflação baixa.
Segundo economistas, existe uma geração inteira que não tem ideia do que é viver em um ambiente onde a inflação está em alta.
Não por acaso a população não está aceitando fácil a pancada de aumento dos preços em plena pandemia, o que anda tirando emprego dos brasileiros.
Vale lembrar que o governo de Dilma Rousseff perdeu espaço e apoio político justamente por conta da inflação.