Prorrogação do auxílio emergencial – Benefício vai até setembro
O governo deve realizar a prorrogação do auxílio emergencial por mais dois meses para as famílias mais vulneráveis.
O pagamento dessas novas parcelas será possível com a edição de medida provisória abrindo um crédito extraordinário de cerca de R$ 12 bilhões.
Além disso, será utilizado algo em torno de R$ 7 bilhões de sobra de recursos de rodada que termina em julho.
Assim, o auxílio não terminaria em julho, mas sim em setembro.
Depois da última rodada, a ideia é encaminhar medida provisória com um novo Bolsa Família turbinado.
Paulo Guedes promete em reunião medidas que manterá auxílio e apoio a pequenas empresas
Em uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e líderes empresariais, o ministro da Economia, Paulo Guedes prometeu duas coisas aos seus aliados, estender o auxílio emergencial e as medidas de apoio às empresas.
A ideia é manter os benefícios até que toda a população vacinável esteja imunizada.
Pelos cálculos do presidente do Sebrae que relatou a conversa, Carlos Melles, a vacinação deve ser concluída em outubro.
Entretanto, o ministro da Saúde tem como promessa, vacinar até o final do ano toda a população com mais de 18 anos.
Outra pessoa que confirmou ter ouvido a promessa de Guedes foi o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – CACEB, George Teixeira Pinheiro.
Mas, pelas declarações apresentadas, o ministro não se comprometeu com uma quantidade específica de parcelas adicionais de auxílio emergencial.
Isso acontece porque já existe uma pressão política para que sejam pagas mais parcelas.
Assim, nos últimos dias, Guedes vem enfatizando o discurso de que, apensar de a atividade econômica ter voltado, ainda vem acontecendo muitas mortes e, portanto, está na mesa as prorrogações.
Mais do que duas parcelas de prorrogação de auxílio emergencial podem atrapalhar
Nos bastidores, os técnicos dizem que a liberação de duas novas parcelas, além das que as que serão solicitadas colocaria em risco planos do governo.
Entre os planos em risco está a aprovação do novo Bolsa Família ainda neste ano.
A equipe econômica já estava considerando a manutenção do auxílio por mais dois meses, em razão da pandemia não ter diminuído.
Entretanto, esse debate passa também por alguns custos.
O governo já tinha recursos para conseguir pagar um mês a mais do benefícios somente com a sobra dos recursos da rodada anterior.
Entretanto, para custear as duas novas parcelas, será preciso editar uma medida provisória em cerca de R$ 12 bilhões de crédito extraordinário.
Vale lembrar que o crédito extraordinário é uma maneira de deixar a despesa fora do limite do teto de gastos.
A nova rodada deve seguir os mesmo moldes do auxílio que está sendo pago.
O benefício mensal vai variar entre R$ 150 e R$ 375, uma média de R$ 250 por família.
Novo Bolsa Família será jogado para frente de agosto depois da prorrogação do auxílio emergencial
A ideia é que com o fim do auxílio emergencial, em setembro, seja seguido do lançamento do novo programa do governo.
O valor médio para o novo Bolsa Família pode saltar dos atuais R$ 191 para R$ 250.
Além disso, irá ter novas regras e benefícios associados, além de atender um público-alvo maior.
A ideia é que esse novo projeto seja uma vitrine para ser apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro em 2022.