Reforma tributária – Presidente do Senado não gosta da ideia de fatiar

A reforma tributária ganha mais um capítulo.

Os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, se reuniram ontem.

A reunião acontece depois do senador criticar o fatiamento da reforma tributária em conversa com os dirigentes em uma Confederação Nacional da Indústria (CNI) e avançaram nas conversas sobre como irá acontecer a tramitação da proposta.

Pessoas ligados aos dois dizem que os presidentes concordam que a reforma precisa ser ampla.

Entretanto, eles discordam completamente em relação ao formato.

A partir dessa situação, ambos decidiram continuar a conversa para poderem entrar em um acordo em comum.

Além disso, não existe um grupo de relatores definidos para a reforma.

Pacheco é procurado por insatisfação de representantes das indústrias

O envolvimento de Pacheco aconteceu devido a insatisfação de representantes das indústrias.

Existem preocupações de que se houver o desmembramento da reforma tributária em várias partes um ou dois pontos sejam aprovados.

Se isso acontecer o sistema pode ficar desequilibrado, com o aumento da carga tributária por um lado sem contrapartidas pelo outro.

Alguns conselheiros disseram que podem aceitar a aprovação da CBS proposta pelo governo Bolsonaro, desde que isso venha a acontecer de maneira paralela às discussões por uma reforma tributária mais ampla.

Assim, a reforma poderia extinguir o CBS na sequência e, assim, garantir a migração para o novo IVA.

Pacheco mencionei que levará a preocupação para o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Guedes é um dos defensores da reforma fatiada desde que o Congresso abortou a sua ideia de uma CPMF para desonerar a folha de salários.

Segundo Pacheco, o fatiamento precisa dar lugar a um faseamento que permita a organicidade e previsibilidade.

Caso a mudança não aconteça, ele acredita que a reforma tributária possa vir a se tornar uma colcha de retalhes que pode acabar sacrificando setores e acontecer o pior.

Lira e Paulo Guedes desejam reforma tributária fatiada

Lira tem defendido, assim como Paulo Guedes, dividir a reforma tributária em partes, o que na opinião dele, facilitaria possíveis aprovações.

A proposta de emenda constitucional ampla, foca nas seguintes reformas:

  • ICMS;
  • ISS;
  • PIS;
  • IPI;
  • Cofins.

A PEC vinha sendo discutida pelo Congresso, mas ela daria lugar a uma PEC administrativa, votada com uma menor dificuldade do que a proposta completa.

Assim, foi extinguida a comissão especial da Câmara que analisava essa PEC dizendo que tinha estourado o tempo de votação.

Ações da Eletrobras terminam em queda

O mercado financeiro estava muito ansioso para ver como seria a reação da Eletrobras à aprovação da MP que viabiliza a desestatização da companhia.

Neste caso, prevaleceu a máxima que diz “sobe no boato e realiza no fato”.

A sessão teve uma Ibovespa andando de lado, garantindo uma alta leve de 0,05%, aos 122.701 pontos, apenas nos ajustes finais, a estatal elétrica conseguiu roubar a senha.

A ação Eletrobras ON caiu 1,88% e Eletrobras PNB recuou 3.02%, cotadas acima de R$ 40, cada.

Assim, acabou devolvendo parte da alta de mais de 10% acumulada apenas no mês de maio.

Entretanto, a expectativa de analistas é que se a MP for aprovada no Congresso, as ações da empresa, podem ir até R$ 60, R$ 70, o que representa um potencial de valorização de 75%.

Contudo, se não passar, a ação deve realizar de maneira negativa, voltando a R$ 30.

O texto que já foi aprovado pelos deputados precisa do aval do Senado até o dia 22 de junho para não perder a validade.

Taynara

Formada em Psicologia pela Universidade Paulista, sou coordenadora há 5 anos do projeto de produção de conteúdo do Marketing Team. Além disso, atuo no mercado financeiro em ações na Bolsa de Valores e investimentos esportivos há 3 anos. Através dessa página tento passar o máximo de conhecimento obtido sobre os temas há vocês.