Reserva de emergência: saiba a importância e como montar a sua

Com a menor taxa de juros da história – 4,25% ao ano – o brasileiro logo pensa em tirar o dinheiro do banco e começar a gastar, ou partir para investimentos mais agressivos, como o mercado de ações, deixando de lado a reserva de emergência.

O problema é quando surge algum imprevisto e a pessoa descobre que não tem mais dinheiro de rápido acesso para solucionar o problema. Resultado? Acaba tendo que recorrer a empréstimos ou parcelamentos no cartão de crédito com juros altíssimos.

Afinal, quem nunca teve uma emergência e precisou fazer um gasto que não estava planejado? É aí que entra a importância de se ter uma reserva de emergência, para não passar aperto nessas horas.

Mas você sabe qual o valor que deve deixar reservado? Sabe onde aplicá-lo? Conhece as situações em que deve usar a sua reserva de emergência? Então continue lendo o texto para tirar suas dúvidas!

Saiba o que é uma reserva de emergência e como montá-la

reserva de emergência

O que é uma reserva de emergência?

É uma quantia em dinheiro que se deve ter de prontidão e fácil acesso, ou seja, com liquidez, para resolver gastos emergenciais.

A emergência pode ser uma cirurgia médica, uma demissão, uma reforma na casa depois de alguma enchente, ou algum outro problema que você realmente precise resolver de forma rápida, sem poder esperar.

Isso não inclui trocar o carro, fazer uma viagem a passeio ou levar a namorada para jantar num restaurante chique. Tem que ser emergência de verdade!

Qual valor deve estar disponível nela?

Varia de pessoa para pessoa, mas, em primeiro lugar, é preciso saber exatamente o quanto você ganha e o quanto você gasta por mês.

A recomendação é de que a reserva de emergência seja suficiente para pagar os seus gastos por no mínimo 6 meses, caso você fique sem nenhum tipo de renda.

Por exemplo: se você ganha 3 mil reais de salário e tem um gasto mensal de 2 mil reais, a sua reserva de emergência deve ser de no mínimo 12 mil reais (6×2).

Ah, e não precisa guardar esse valor todo de uma vez. Você pode ir depositando os mil reais que sobram do seu salário mensal e, ao final de 1 ano, você terá os 12 mil reais necessários para o seu montante emergencial.

Onde é prudente eu aplicar a minha reserva de emergência?

Como foi dito, é extremamente necessário que a sua reserva de emergência tenha liquidez, ou seja, que você tenha acesso ao dinheiro no momento em que precisar.

Melhor do que deixá-la parada embaixo do colchão é aplicá-la em algum tipo de investimento de Renda Fixa com liquidez diária e rendimento melhor do que a Poupança, como o Tesouro Direto, os CDBs de Liquidez Diária (precisa realmente ser de liquidez diária) e os Fundos de Investimento em Renda Fixa com resgate imediato (D+0 ou no máximo D+1). São aplicações tão seguras quanto a Poupança, rendem mais, e você não precisa deixar seu dinheiro parado, podendo pegá-lo de volta quando precisar.

Se você não sabe o que é Tesouro Direto e CDB, leia este outro artigo que fala sobre eles. Ah, e esqueça os investimentos em Renda Variável – como os fundos imobiliários e ações – para reserva de emergência, já que os preços desses ativos variam constantemente e a liquidez não é diária.

Conclusão

Antes de fazer qualquer tipo de investimento, pegar empréstimos ou contrair uma nova dívida, tenha sempre um montante em dinheiro guardado para a sua reserva de emergência, que deve ser de rápido e fácil acesso.

Assim, você ficará seguro em caso de imprevistos e não precisará contrair novas dívidas a juros altos para pagar os custos de situações emergenciais.

Matheus Rabello

Graduado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Espírito Santo e atualmente cursando a segunda graduação, em Administração, também na UFES. Atua como redator publicitário e criador de conteúdo freelancer, com foco em SEO.