Seguro-desemprego – Governo pretende diminuir valor das parcelas
Algumas mudanças ligadas ao seguro-desemprego passaram a serem estudadas pelo governo e uma delas está ligada ao cálculo do benefício.
Quais são as mudanças avaliadas para serem feitas?
Atualmente, os trabalhadores que são dispensados sem justa causa pode receber de três a cinco parcelas com um valor já fixado.
Pela ideia que está sendo elaborada, o beneficiário agora receberia uma redução de 10% a cada mês que recebe, desde que for respeitada o valor em um dos meses de salário mínimo, que é de R$ 1.100.
Nesse caso, essa redução de 10% a cada mês será aplicada sobre o valor do benefício inicial.
Suponhamos então que você tenha direito a cinco parcelas de R$ 2.000, por exemplo, você vai receber esse valor no primeiro mês.
Já no segundo mês você vai receber R$ 1.800, no terceiro mês R$ 1.600, no quarto R$ 1.400 e no quinto R$ 1.200.
Se você precisar recorrer ao benefício outra vez no futuro, você passa pela mesma situação.
Quais são as expectativas do governo com a mudança do seguro-desemprego?
A ideia do governo é que essa mudança afete apenas uma parte dos beneficiários, já que uma boa parte dos trabalhadores já acessam o valor mínimo do seguro-desemprego.
Assim, essas pessoas não seriam o alvo da redução. No mês de fevereiro, por exemplo, o valor médio do benefício acabou ficando em R$ 1.361,78.
Momento ruim para diminuir o valor?
A mudança do seguro-desemprego, está sendo elaborado em um momento em que o país passa pela piora da pandemia no mercado de trabalho e as incertezas que a economia brasileira apresenta.
Segundo apurou o jornal Estadão, a equipe econômica entende que as medidas não são nem um pouco confortável, principalmente por conta da falta de emprego.
Entretanto, eles consideram que a mudança é fundamental para se recuperar essa atividade.
Além disso, segundo a equipe econômica, essa é vista como a única alternativa para conseguir bancar uma nova edição do programa que irá permitir acordos de redução na jornada de trabalho e do salário, até mesmo a suspensão de trabalho.
Seguro-desemprego – Time econômico deseja utilizar pouco dinheiro do governo
Depois do aumento das dívidas públicas no Brasil em 2020, em razão dos efeitos da pandemia do coronavírus, a equipe econômica está mais focada em soluções que acabem dependendo menos dinheiro do governo para evitar o descontrole das contas.
A partir da avaliação econômica, mesmo que aconteça a redução do salário do funcionário, por exemplo, o governo prevê o pagamento de uma compensação, além de assegurar a permanência do emprego por um período.
Mudanças no pagamento em determinados momentos
No modelo que está sendo desenhado pela economia, o trabalhador que conseguir um emprego novo durante o aviso ou mesmo antes de receber o seu primeiro pagamento do seguro-desemprego vai ter o direito de receber 50% do valor da prestação.
Se ele for contratado antes de sair o repasse da segunda parcela, vai receber 30% do valor que está previsto.
Mesmo que existe uma expectativas para que essas mudanças aconteçam, o Congresso não costuma receber bem esse tipo de modificação e o governo deve enfrentar algumas resistências.