Taxa Selic – Grande aumento dos juros surpreendeu economistas
A decisão do Copom – Comitê de Política Monetária, de conseguir elevar a taxa Selic ou como também é conhecida, taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual para 2,75% no ano, surpreendeu muito os economistas.
Mesmo que muitos já consideravam essa possibilidade real, como noticiei aqui para vocês, ela não era algo tão esperada.
Segundo os economistas a aposta maior do mercado era de uma alta de 0,5 ponto.
Com base no que foi divulgado ontem, dia 17 de março, os analistas afirmaram que o Copom deixou bem claro que eles devem promover um aumento de 0,75 ponto na próxima reunião que ficaram em maio.
Banco Central pressionado se pronuncia sobre taxa Selic
Os diretores do Banco Central relataram que o Comitê prevê a continuação do processo de normalização do estímulo monetário com ajustes da mesma magnitude.
A ideia inicial dos economistas era que essa alta da taxa Selic viria mais fraca, ainda que em dados, a precificação estava, de fato, perto dos 0,75 ponto.
Segundo o que foi enviado pelo Copom, o ritmo dos 0,75 para a alta dos juros que está prevista na próxima reunião vai continuar dependendo de itens como:
- Evolução da atividade econômica;
- Balanço de riscos;
- Projeções e expectativas de inflação.
Mesmo que o cenário de atividades esteja enfraquecido, o Banco Central tem sido pressionado para poder aumentar a inflação.
No relatório mais recente da Focus, os analistas previam que o IPCA deveria encerrar o ano com 4,6%, antes disso, a uma semana atrás, a expectativa era de uma alta de 3,98%.
Em fevereiro, pressionada pelo aumento da gasolina, a inflação conseguiu acumular alta de 5,2% em 12 meses e chegou bem próxima do teto de meta do governo, que é de 5,25%.
Em um comunicado oficial, o Banco Central destacou que o aumento de juros acima do que o mercado esperava tem como meta reduzir o não cumprimento da meta de inflação que está prevista para esse ano.
De acordo com o cenário apontado pelo Copom, a projeção para a inflação já está em 5%.
Impactos no câmbio
Para os economistas, a alta mais forte dos juros e a indicação do que irá acontecer na política monetária nos próximos meses podem contribuir para um impacto maior no câmbio.
Ou seja, se espera que aconteça uma valorização maior do real e um alívio para a inflação do país.
Vale lembrar que a moeda do Brasil vive um quadro inédito, onde os preços de commodities estão em alta, mas o real não se valorizou com esse movimento, como fazia todas as outras vezes anteriores.
Agora, com a taxa Selic mais alta, os investidores internacionais podem se interessar a vir par ao Brasil nos próximos meses, principalmente por conta dos efeitos que a taxa deve ter sobre os preços dos combustíveis.
Em 2021 o dólar já conseguiu subir 7,67% em relação ao real. Já em um período de 12 meses, a alta é de 11,58%.
Dólar abre em queda nessa quinta-feira, 18 de março
O Dólar abriu hoje em queda de 1,44%, onde passou a ser vendido a R$ 5,506, depois de acontecer a alta da taxa Selic
A moeda americana atingiu esse valor por volta das 09:04, pelo horário de Brasília, depois da alta da taxa básica de juros.
Na tarde de ontem, depois de quase seis anos, o Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu em uma votação de unanimidade, elevar a Taxa, como mencionei anteriormente.
Vale lembrar que essa foi a primeira vez que o juros subiu desde julho de 2015, quando a taxa Selic passo de 13,75% para 14,25% no ano.
Ontem mesmo, inclusive, após essa notícia, o dólar comercial teve uma desvalorização de 0,59%, fechando a sua venda em R$ 5,586 para venda.