Tesouro Direto – Tudo o que você precisa saber sobre
O Tesouro Direto é uma das melhores maneiras de você iniciar nos investimentos.
Além de ele ser seguro se comparado a investimentos em bolsa de valores, por exemplo, ele pode lhe gerar uma rentabilidade diária.
Se você deseja saber mais sobre fique comigo até o final, que falarei tudo o que precisa saber sobre ele.
Boa leitura!
O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um órgão que permite que as pessoas físicas comprem papeis do governo federal pela internet.
Assim, ao comprar um título do Tesouro Direto você está emprestando dinheiro ao governo.
Esse é um modelo de investimento que ganhou muita popularidade em razão de poder ser iniciado com uma aplicação pequena e oferecer liquidez diária.
Além disso, você consegue investir tanto pelos bancos quanto pelas corretoras de valores.
Principais características do Tesouro Direto
– Taxas e valor mínimo:
Quando você decide fazer um investimento no Tesouro Direto você está automaticamente financiando uma dívida pública federal.
Assim, quando você compra um papel, você garante o recebimento do empréstimo em um determinado prazo e com uma remuneração.
A quantidade mínima para os investimentos é a fração de 0,01 de cada título que é emitido pelo governo, ou seja, 1% do valor do papel.
Entretanto, o valor mínimo que você pode investir aqui é R$ 30, o que torna esse um investimento acessível para muitos brasileiros.
Um título de R$ 5 mil emitido pelo Tesouro pode ser comprado também em lotes ou por frações de R$ 50 cada.
– Rentabilidade do Tesouro Direto:
Os títulos híbridos e os prefixados, caso sejam resgatados antes do prazo, eles podem te gerar prejuízo.
Isso acontece por causa da flutuação diária no preço do papel.
Não podemos esquecer que diversos itens influenciam na oscilação de preço nos investimentos.
O principal influenciador é o preço dos contratos de juros futuros negociados na B3, que refletem o juro que é esperado na data de vencimento do seu contrato.
Se o retorno for menor do que é o previsto na Selic, você pode perder dinheiro caso precise resgatá-lo antes do prazo.
Em caso de expectativas de queda de juros, o contrário acontece e os preços dos títulos irão subir.
– Liquidez:
Em todos os títulos que são vendidos pelo Tesouro Direto, o investidor tem o direito de resgatar o dinheiro quando quiser, porém, depende da característica do papel, pode acontecer perdas.
Tirando o Tesouro Selic, que varia juntamente com o juros básico da economia, nenhum outro lhe dá perdas se resgatar antes do prazo.
Entretanto, os títulos públicos só entregam o retorno que foi prometido, de maneira completa, se chegar à data do vencimento do papel.
Ainda assim, você sempre tem o direito de tirar o dinheiro que investiu a qualquer momento, recebendo o dinheiro na conta um dia depois de solicitar.
– Custos:
A taxa de custos do Tesouro Direto é o valor que é pago para a B3 que mantém guardado o seu título público e disponibiliza informações e movimentações do seu saldo.
A taxa de custódia equivale a 0,25% ao ano sobre o valor que está sendo investido.
Essa cobrança acontece de maneira semestral.
Entretanto, a taxa de custódia não é cobrada para investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic.
Quando o estoque supera esse limite, a taxa de custódia irá ser dada somente sobre o valor que excedeu os R$ 10 mil.
– Taxa de administração:
Já a taxa de administração pode remunerar a instituição financeira que foi contratada para realizar as operações.
O percentual pago é livre e decidido entre as partes.
Entretanto, existem muitas corretoras e bancos que acabam isentando essa cobrança, portanto, na hora de buscar uma corretora, fique de olho nesse detalhe.
Além disso, a taxa de administração é cobrada, pela primeira vez, de maneira antecipada quando você compra o papel.
Depois disso, ela é realizada de maneira anual.
Existem outras situações em que existe uma cobrança de taxa de administração, como:
- No resgate antecipado do papel;
- Pagamento dos juros semestrais.
Entretanto, esses pagamentos são feitos sempre de maneira proporcional.
Uma ótima ideia para você, antes de começar, é dar uma olhada no site do Tesouro Nacional, pois ele informa quais são as instituições credenciadas para operar com o Tesouro Direto.
Além disso, ele menciona também quais são as taxas cobradas, entretanto, elas precisam ser confirmadas com as instituições na hora da compra do título.
– Tributação:
O imposto cobrado nos investimentos dos títulos públicos é regressivo.
Assim, quanto mais tempo você deixar o dinheiro aplicado, menos você vai pagar o Imposto de Renda.
A alíquota que incide sobre esses investimentos em títulos públicos são:
- 22,5% sobre o lucro obtido em aplicações de até 180 dias;
- 20% em aplicação de 181 a 360 dias;
- 17,5% em investimentos de 361 a 720 dias;
Depois desse prazo você vai pagar 15% sobre o lucro obtido com o investimento.
Você não precisa se preocupar em ter que pagar o Imposto de Renda, porque ele é retido na fonte.
Se você acabar realizando um investimento de curtíssimo prazo, por exemplo abaixo de 30 dias, existe a cobrança do IOF.
O IOF também é calculado sobre os rendimentos do período.
A grande diferença aqui é que ele incide nos primeiros trinta dias de aplicação.
Se você passar dos trinta dias, não será preciso pagar por ele.
É seguro emprestar dinheiro para o governo?
Não existe um investimento sem risco e isso vale também para o Tesouro Direto.
Entretanto, investir em papeis públicos é muito seguro.
O governo nunca deu nenhum calote na sua dívida interna, ou seja, ela nunca deixou de pagar os investidores do Tesouro Direto.
Portanto, você pode ir com maior segurança realizar os seus investimentos.