Interferência de Bolsonaro em preços volta a preocupar economistas
Depois da mudança do presidente da Petrobras, os economistas consideravam que a interferência de Bolsonaro não voltaria mais a acontecer na estatal, ledo engano.
Ontem, o presidente voltou a adotar um tom de interferência na política de preços dos combustíveis praticados pela Petrobras.
Segundo Bolsonaro “tem certos preços que não têm cabimento continuar” no país.
Por diversas vezes, ele fez declarações desse tipo quando a estatal ainda estava sob o comando de Roberto Castello Branco, que agora foi substituído pelo general Joaquim Silva e Luna.
Os comentários do presidente têm contribuído e muito para ser colocado em dúvida a autonomia da estatal na definição de sua política de preços.
Interferência de Bolsonaro – Considerando injusto os preços, presidente disse que respeita a lei de mercado
Segundo Bolsonaro, a Petrobras irá visar o lucro, mas ela vai também ver a parte social.
Existem alguns preços, segundo o presidente, que não têm cabimento nenhum de continuar.
Entretanto, ele disse que não está pensando em interferir, pois, ele está “respeitando a lei de mercado”.
Além disso, para Jair Bolsonaro, a reação negativa do mercado financeiro depois da demissão de Castello Branco durou pouco tempo.
Assim, o valor da estatal foi recuperado de um dia para o outro.
Essa situação, segundo ele, serviu para gerar lucros indevidos.
Interferência de Bolsonaro – Presidente não quer tabelar preço, mas ter previsibilidade
Bolsonaro tem dito de maneira reiterada que não deseja tabelar preços, entretanto, eles precisam ter previsibilidade de eventuais reajustes.
Assim, o presidente quer exigir que os postos exibam cartazes detalhando a composição dos preços, inclusive sobre o lucro dos empresários.
Novas notícias de hoje – Arrecadação federal cresce 45% no mês de abril
Com a atividade econômica no Brasil entrando em um processo de recuperação, a arrecadação federal atingiu R$ 158,822 bilhões em abril.
Claro, essa situação aconteceu também devido ao menor impacto de medidas de combate à pandemia.
Esse aumento real foi de 45,22% ante mesmo período de 2020.
Assim, esse se tornou o melhor desempenho para meses de abril da série histórica da Receita Federal iniciada em 1995, que levou a arrecadação entre janeiro e abril a R$ 602.772 bilhões, também um recorde.
Já o aumento real foi de 13,62% ante mesmo período de 2020.
Ministro da Economia comemora arrecadação federal
O resultado das arrecadações foi comemorado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para quem os dados confirmam um quadro de melhoria geral na atividade econômica.
Além disso, o mês de fevereiro e março também foram os maiores da série para o mês.
Segundo Guedes, o avanço da vacinação vai conseguir contribuir para a aceleração da retomada da economia e a volta segura ao trabalho.
No mês de abril aconteceu alguns destaques, como:
- Recolhimentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ);
- Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL).
O recolhimento e a contribuição foram puxados pela alta da lucratividade das empresas, principalmente as que estão focando em commodities.
A arrecadação desses dois tributos teve aumento real de 42,6% na comparação entre abril de 2020 e 2021, indo a R$ 35,3 bilhões.
Comparando o padrão atual, a Receita considera que houve um recolhimento atípico de R$ 1,5 bilhão em abril.