8 dicas para manter o controle da fatura de seu cartão de crédito
Está difícil ver a fatura todo mês e descobrir que passou, e muito, do que planejou? Vem conferir nossas dicas para não ser pego de surpresa toda vez que chega a fatura.

Nosso maior problema é saber exatamente quanto de limite o cartão tem, achar que é isso tudo que podemos gastar e esquecer que, quase sempre, o limite supera o nosso salário.
Por isso, o pedido no ifood, feito no início do mês, fica esquecido só na sua cabeça, pois ele volta na fatura. As parcelas da TV de 42’ só vai parar quando pagar a última. E os serviços bobos, que cada um custa somente R$9,90, somam no final em quase R$100,00. Tudo isso entra em uma bolha de ilusão que são valores pequenos e que você dará conta no final do mês, mas esquece boa parte e sempre tem um piripaque quando a fatura vem.
1 – Sempre saiba o valor fixo da fatura
Fixo? Como assim?
Por incrível que pareça, todo cartão de crédito possui valores fixos, que são cobrados todo mês na sua fatura. O problema é que boa parte das pessoas esquecem desses valores. São eles: Taxa de manutenção, anuidade e juros.
Basicamente, quase tudo o que faz em seu cartão de crédito, gera juros. Então a saída de usar o rotativo ou saque emergencial todo mês, vai gerar uma bola de neve. Os juros virão em compra por compra, mas costumam vir embutidos no parcelamento.
Já o rotativo, que é quando você paga apenas uma parcela da fatura para liberar o restante, também gera juros. O rotativo costuma ser menor que o valor mínimo da fatura, te dando um prazo máximo de 30 dias para quitar o valor restante. Caso não seja quitado, pode ser ofertado uma nova linha de crédito, melhor do que o rotativo, para parcelar o valor devido.
O problema do rotativo é que ninguém presta atenção nos juros e não percebem que no parcelamento, há mais juros.
Caso tenha optado por estas opções, saiba que eles se tornaram fixos na sua fatura e que você precisa considerá-los como dívida ativa na fatura. Sendo assim, nunca gaste até o limite do cartão sem se lembrar das taxas e juros.
Outro valor fixo são os parcelamentos. Lembra-se da TV? Supondo que ela gere uma parcela de R$500,00, já tenha em mente que você possui o mínimo de R$500,00 que virão na fatura + anuidade + taxas.
Se o que você reserva todo mês é R$700,00 para o cartão, lembre-se da parcela + anuidade + taxas e diminua dos R$700,00. O que sobrar, é o que você tem disponível para usar + os juros que esses gastos podem gerar.
Resumindo: O gasto fixo são as parcelas ativas + anuidade + taxas.
2 – Acompanhe seus gastos pelo aplicativo do banco
Justamente para que você possa ter controle sobre seus gastos, crie o hábito de, a cada compra, verificar o histórico de transação. Muitas pessoas checam apenas o saldo disponível e seguem comprando, mas saiba o que já foi gasto.
Como já dito, é normal que o limite do cartão ultrapasse o que podemos pagar e é por isso que consultar somente o saldo é um erro. Muitos continuam até estourar o limite e depois se enrolam para pagar.
Uma boa opção é ativar a notificação por SMS de cada compra. Normalmente o SMS vem detalhado com local da compra, valor total, quantidade de parcelas e valor de cada parcela. Sempre anote esses valores.
3 – Ame planilhas do Excel
Ter um controle de gastos ajuda a visualizar quanto você está recebendo vs quanto está gastando. Por isso, ter uma planilha no Excel que detalhe todos os seus gastos é tão importante.
Se a ideia de ter que sentar na frente do PC já te dá coceira, uma boa ideia é imprimir as folhas.
O blog rico disponibilizou 5 planilhas para controle de gastos, onde cada uma é voltada para um tipo de pessoa. Clique aqui e escolha a sua.
Uma dica muito importante sobre planilhas de gastos: Detalhe tudo, mesmo que a compra tenha sido de uma balinha de R$0,10.
4 – Limite o limite da fatura
Parece estranho dizer isso, afinal o limite foi liberado com base em todo o seu esforço. Mas lembra que ele costuma ser maior do que nosso salário?
É claro que há casos em que o limite é tão baixo que faz a gente rir para não chorar, mas em grande parte é tão alto que você pode parcelar um terreno, se o dono quiser vender no cartão. E isso é um problema!
Quanto maior o saldo, mais as pessoas tendem a parcelar suas compras sem se preocupar com quanto estão gastando. Por isso, calcule quanto você pode pagar por mês no cartão e solicite que abaixem o limite para esse valor.
Agora, se você for uma pessoa controlada que não cai em tentação toda vez que vê R$4.000,00 de limite, mantenha-se firme na missão!
5 – Só use o saque emergencial se realmente for uma emergência
Mesmo que você faça todo o controle cuidadosamente e tenha sido um exemplo de pessoa que domina o excel, imprevistos podem acontecer e o limite do cartão pode não ser suficiente.
É para estes casos de emergência que o saque do cartão de crédito serve. Ele irá adiantar um empréstimo, em dinheiro, para que você possa resolver suas pendências. Mas atenção: Ele volta com taxas e juros altos. Então só tome muito cuidado com esta opção e só use quando for realmente necessário.
6 – Pague a fatura em dia
Os juros por atraso são com base no valor total, por isso, evite pagar a fatura atrasada e também evite pagar somente o valor mínimo.
O ideal é que pague em dia justamente para que a fatura seguinte não venha com um susto de presente. Muitas pessoas pagam em dia somente para aumentar o limite, mas ele age com base no valor total da fatura. Chegará em um ponto que você só estará pagando juros e impedido de comprar.
7 – Se fizer compras internacionais, cuidado com o dólar
O dólar que virá convertido na sua fatura não é o vigente no ato da compra, mas o vigente no fechamento da fatura. Por isso, quando fizer compras internacionais, sempre fique alerta para a oscilação do dólar e tome cuidado para não comprar muito longe do fechamento.
Além do valor das suas compras, você ainda precisa se lembrar do IOF. Ele vem cobrando na fatura junto com as parcelas do produto, por estar diretamente ligado ao câmbio (compra e venda de moedas).
8 – Não empreste seu cartão
A não ser que a pessoa já possua um histórico com você de alta confiança, não empreste seu cartão de crédito, mesmo que ela peça muito, mesmo que outras pessoas lhe chame de egoísta.
Como já foi dito e repetido aqui, o maior problema mora nos juros e na visão cega de saldo disponível, por isso, quando outra pessoa compra em seu cartão, caso ela não quite, esse valor amais virá do mesmo jeito em seu nome.
Sem mencionar na situação constrangedora que pode ficar como resultado do não pagamento.
Agora só resta a você ficar atento aos seus gastos e questionar a operadora de crédito toda vez que ver alguma coisa, mesmo que boba, que pareça duvidosa em sua fatura.