Como Rússia x Ucrânia podem influenciar na economia brasileira?
No dia 24 de fevereiro de 2022, o conflito Rússia x Ucrânia despertou atenção do mundo.
Um alerta de um novo conflito armado foi acionado no mundo inteiro. O ataque da Rússia contra a Ucrânia depois de meses de crise junto ao Ocidente causou impacto. Essa foi uma decisão que acirrou a maior crise militar na Europa depois da Segunda Guerra, e por isso todo mundo ficou espantado.
No Brasil, alguns rumores foram levantados. Entre esses boatos e suposições, a influência do conflito na economia brasileira é o que mais desperta atenção. Portanto, confira neste artigo como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia interfere na economia nacional.
Aumento do preços de petróleo e gás
Depois do conflito, pela primeira vez em mais de sete anos, o valor do petróleo acabou superando os 100 dólares. Isso se deve ao fato da Rússia ser um dos maiores produtores de petróleo do mundo, e esse conflito acaba afetando o mercado do produto.
Além disso, as sanções impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos também podem acabar pressionando o preço da energia, de forma direta ou indiretamente.
Se essa guerra gerar interrupção no comércio de combustíveis entre a Europa e a Rússia, os europeus vão ter que procurar energia em outro local. Isso vai fazer com que o mercado fique mais estreito e os preços subam.
Preço dos alimentos pode subir
A Ucrânia comercializa 17% do milho global, e isso é um peso muito relevante mesmo ficando atrás de países como a Argentina, EUA e o Brasil.
Os dois países envolvidos no conflito também são responsáveis pela exportação de 30% do trigo comprado pelo mundo. No momento, a principal preocupação ligada ao conflito é o aumento do preço do trigo.
Preço de ações e alta do dólar
Um confli. Depois do anúncio dessa invasão, ações mundiais e mesmo títulos do Tesouro estadunidense caíram, enquanto cotações do ouro, dólar e do petróleo dispararam depois das tropas russas iniciarem um ataque na Ucrânia.
A procura por segurança por parte de investidores acabou impulsionando o dólar, que aumentava mais de 0,5% em relação à cesta de moedas dos seus principais parceiros econômicos. O Euro caía 0,8% e a moeda russa 8% mesmo depois da pausa na sua comercialização.
Energia e dólar vão pressionar a inflação
É evidente que as altas persistentes de alimentos e petróleo anularam o possível alívio da inflação, e ainda evitam que a mesma, que já estava alta, cedesse. Além disso, já existe entre os economistas brasileiros a avaliação de que a tendência para o real até o fim do ano era que ele desvalorizasse mais, enquanto os preços das commodities tendem a continuar em patamar elevado.
Por conta disso, as projeções da inflação para o ano de 2022 continuam se deteriorando mesmo antes de todo o impacto da guerra. Esse conflito vai afetar os preços do gás, grãos, petróleo e óleo de cozinho, encarecendo os alimentos aqui no Brasil.
Os preços da indústria nacional, que já estavam pressionados por conta do dólar muito alto até dezembro e pela persistente escassez global de insumos, também devem sofrer um novo impacto com a alta da moeda estadunidense.
Crescimento freado
O conflito ainda está acontecendo e o futuro sobre ele é incerto. Por isso, a depender da sua força e tamanho, o impacto sofre a confiança econômica também pode ser grande e se estender por meses.
Isso acabaria reduzindo as perspectivas do crescimento econômico no Brasil. Investidores e empresários temerosos costumam adiar projetos novos ou algumas expansões, o que significa uma menor oferta de emprego também.