Pandemia do novo coronavírus: saiba o que os bancos estão fazendo

Com a iminente queda na renda das famílias, os bancos tomam atitudes para facilitar a vida dos clientes

Em todo mundo, mais de um milhão de pessoas já foram acometidas pelo novo coronavírus. Felizmente, o número de pessoas recuperadas é maior do que os mortos, ainda sim, é muito triste ver que quase 70 mil pessoas perderam a vida lutando contra a doença.

O vírus tem um contágio rápido e alta transmissibilidade, ou seja, é muito fácil de ser transmitido de pessoa para pessoa, por isso o espalhamento do covid-19 assusta e trouxe medidas severas para a vida da população mundial.

Uma dessas medidas, é o isolamento social. A doença é nova, o que faz com que pesquisadores, cientistas e profissionais da saúde corram contra o tempo para buscar a cura, seja por vacina ou remédio. Além disso, existe também o distanciamento social.

Medidas necessárias como essas, fizeram com que muitas rotinas fossem alteradas, empresas quebrassem e funcionários, demitidos. Muita gente foi pega de surpresa, com contas vencidas.

Percebemos que as companhias de água, gás, esgoto e luz já tomaram medidas para segurar as contas dos consumidores que estão sem saber da onde tirar dinheiro para sobreviver, mas, e os bancos?

Grande parte da população tem relacionamento com instituições financeiras e os boletos não pararam, então, de que forma eles estão facilitando a vida do cliente que está com dificuldades de cumprir com as obrigações?

Só que não é obrigação das instituições financeiras te oferecer facilidades, infelizmente. Muitos nem cogitaram mexer em seus grandes capitais para auxiliar os clientes, só querem que o dinheiro continue a entrar, o que é muito triste.

Para te ajudar, trouxemos alguns exemplos de bancos que estão facilitando a vida do cliente neste momento com alternativas para superar as possíveis dívidas. Além disso, você vai ter algumas dicas para driblar essa crise com medidas simples de planejamento financeiro. Então, abra sua planilha e vamos lá.

Saiba como os bancos estão funcionando na pandemia

bancos

Banco do Brasil

O BB informou que vai oferecer crédito facilitado para empresas que estão com dificuldades financeiras por causa da pandemia do novo coronavírus.  Não foi divulgado o valor total que será emprestado, mas o foco será em comerciantes de micro e pequenas empresas, pois eles acreditam que esse público possa estar sofrendo mais.

Já clientes pessoas física, agora podem ter maior prazo para pagar saldo devedor do cheque especial. Quem possui algum CDC (crédito direto ao consumidor) pode renovar com carência a primeira parcela dos empréstimos.

Além disso, o BB é um dos cinco bancos que aceitou prorrogar dívidas em até 90 dias para contratos de empréstimo ou algum outro produto bancário que estão com contrato em dia e sem pendências.

Caixa Econômica Federal

A Caixa também aceitou prorrogar dívidas por até 90 dias para clientes adimplentes. Para quem tá com o orçamento apertado, as linhas de crédito consignado foram ampliadas e as taxas de juros do crédito pessoal caíram.

Compras online também estão sendo incentivadas através de um cartão virtual de débito, que facilita a compra online. Quem tem penhor, pode renovar o contrato pelo site da Caixa, sem precisar ir nas agências.

Para pessoas que tem financiamento imobiliário, a Caixa possibilitou o pedido de pausa de prestações pelo aplicativo Habitação CAIXA, também sem precisar ir para nenhuma agência.

Nubank

O Nubank está prometendo a prorrogação de vencimentos e redução de taxas. A fintech informou que vai disponibilizar 20 milhões de reais para facilitar a vida dos clientes. Além disso, o hospital Sírio Libanês, as empresas Rappi, Ifood, e Zee.dog toparam parcerias com a Nubank.

Na parceria com o hospital, mil teleatendimentos foram disponibilizados para clientes Nubank. Já para o iFood e Rappi, oferecem créditos e facilitam as entregas durante a pandemia. Para os pets, vouchers de até R$ 100,00 são dados para produtos da Zee.dog. Tudo, claro, com entrega.

Santander

O banco Santander foi além e deu 10% de aumento no limite de crédito de clientes adimplentes, valendo por toda a pandemia do novo coronavírus. Para clientes pessoa jurídica que estão com as lojas fechadas, o banco ofereceu todo suporte de tecnologia para botar o negócio na internet e começar a vender de alguma forma, nem que seja a distância. O suporte é gratuito e pode ser solicitado pelo site do banco Santander.

O que fazer se algum dos meus bancos não mudar nada?

Aqui no blog temos um texto falando de alternativas de renda durante a pandemia do novo coronavírus, já que muitas pessoas não terão como pagar as dívidas e os bancos não se preocuparam com essa nova realidade. Então, primeiramente, você precisa reduzir seus custos.

É difícil excluir as contas básicas, claro! Só que é preciso sentar e colocar tudo na ponta do lápis para ver o que pode ser excluído da rotina. Pense em alternativas de render os alimentos de casa, mude a alimentação da família, já que compras no mercado são mais baratas do que pedir comida.

Caso tenha empréstimos e cartão de crédito, eles terão que ser as prioridades, porque são as contas (se o seu banco não deu prorrogação de prazos) que depois que tudo passar ficarão te assombrando. Pague tudo primeiro, se não conseguir, procure parcelamentos e renegociações.

Tenho dinheiro guardado em bancos. Devo me preocupar?

Muitas pessoas pensam que ainda podem perder o dinheiro guardado, principalmente na poupança, como foi durante o governo do presidente Fernando Collor. Naquela época, milhares de brasileiros tiveram o dinheiro confiscado e muitos não receberam nada de volta até hoje.

Se é o seu caso atualmente, fique tranquilo. A constituição brasileira garante que nenhum governo pode mais confiscar ativos ou dinheiro da poupança, mais precisamente a emenda constitucional nº 32 de 2001.

Ter dinheiro guardado, em um momento como esse é uma benção. Caso não esteja entrando nada, ele terá que ser utilizado, com muita cautela. Escolha as prioridades da família ao gastar esse dinheiro e tente se manter, claro, pensando lá na frente, ou seja, criando maneiras de voltar a ganhar dinheiro

Mônica

Formada em Jornalismo pela UNIGRAN (Dourados), experiente em conteúdos de finanças.