Paulo Guedes como alvo – Bolsonaro ameaça mais demissões
O silencio do ministério da economia depois da saída de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras, colocou Paulo Guedes como alvo.
Segundo o que circula no Palácio do Planalto, existe uma segunda baixa na equipe de Paulo Guedes, que seria o nome do secretário especial da fazendo, Waldery Rodrigues.
No ano passado Bolsonaro já tinha dado o “cartão-vermelho” ao secretário, quando ele anunciou propostas que estavam prevendo restrições em benefícios sociais.
Na época, o auxiliar de Guedes levou o presidente ao extremo, deixando-o bastante irritado.
Entretanto, no decorrer dos dias o ministro, porém, acabou conseguindo reverter e abafar o desconforto que o presidente havia tido.
O que vem irritando o presidente Jair Bolsonaro
Segundo os auxiliares do presidente, Bolsonaro está irritado porque a equipe econômica está demorando muito para apresentar soluções para as recentes promessas do presidente.
Ou seja, ele deseja soluções de como ele pode zerar o imposto federal sobre o Diesel.
Outro item que ele ainda espera é saber qual é o valor final do novo auxílio emergencial, que ainda não foi possível fechar.
Por tudo isso, o presidente voltou a dizer que “o pessoal do Guedes” precisa ser mais rápido para atender a tudo o que o governo precisa.
Além do Waldery, o secretário de Orçamento Federal, George Soares, também é um alvo de demissão, ele tem sido resistente a mudanças que signifiquem manobras fiscais.
“Aviso prévio” para o presidente do Banco do Brasil
Além das baixas entre os membros da equipe de Guedes, dentro do Palácio do Planalto também é dado como certo que o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, deixe o governo em breve.
Aqui, o fator não é mais se isso vai acontecer, mas quando isso vai acontecer.
Esse foi outro nome escolhido por Guedes para compor o governo.
A saída de Castello Branco e Brandão é um golpe forte na agenda liberal do ministro da Economia, que é o setor mais sacrificado em meio a dura e difícil crise que o país está passando.
A grande questão aqui é que da mesma maneira que o ex-presidente da Petrobras irritou Bolsonaro, Brandão também está bem longe de ser um dos queridinhos.
Na verdade, isso é totalmente ao contrário, um anúncio que gira em torno de uma reformulação no banco faz com que o presidente da república aponte o seu desconforto com o executivo a ponte de começar a “pedir sua cabeça.”
Quando isso aconteceu, Paulo Guedes conseguiu segurar a demissão.
Nesse momento, até mesmo dentro do ministério da Economia, já há quem admita que vai ser difícil manter Brandão no governo por muito mais tempo.
O que Paulo Guedes está fazendo a respeito?
Paulo Guedes e outros auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, tentam sensibilizar Bolsonaro, apontando que novas mudanças não seriam vistas positivamente diante da turbulência do mercado.
Assim, eles passaram a pedir cautela ao presidente, entretanto, Jair Bolsonaro, gosta sempre de manter as suas ameaças públicas apontando que “semana que vem teremos mais”.