Cadastro liberado! Tire aqui todas as suas dúvidas sobre o Pix
O assunto do momento no mercado financeiro é o Pix, o novo sistema de pagamentos desenvolvido pelo Banco Central do Brasil.
Isso porque, na última segunda-feira (05), as instituições financeiras iniciaram os cadastros dos correntistas no sistema, apesar de a ferramenta ainda não ter começado a operar.
Porém, muita gente ainda tem dúvidas sobre como o Pix vai funcionar. Se esse também é o seu caso, este artigo é para você. Vamos responder as 12 principais dúvidas sobre a novidade que chegou para revolucionar os pagamentos digitais.
1. O que é o Pix?
O Pix é o novo sistema de pagamentos instantâneos que vem sendo desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e foi anunciado no início deste ano de 2020.
Basicamente, o objetivo dessa ferramenta é substituir os atuais TED e DOC, trazendo mais rapidez e economia para as transferências bancárias entre pessoas físicas e jurídicas.
2. Já está funcionando?
Ainda não. Alguns bancos iniciaram um pré-cadastro com os correntistas no mês de setembro para agilizar o processo, mas, oficialmente, os cadastros no sistema do Pix começaram no dia 05 de outubro.
Como é necessário um prazo para que todas as instituições bancárias e o próprio Banco Central se adéquem à ferramenta, o Pix só vai, de fato, permitir as transferências e pagamentos entre correntistas a partir do dia 16 de novembro de 2020.
3. Quais são as vantagens?
- Ao contrário dos TEDs e DOCs – que funcionam apenas em horário comercial – as transferências realizadas com o Pix estarão disponíveis 24h por dia, inclusive aos finais de semana e feriados
- A operação será praticamente instantânea, levando segundos para que o dinheiro saia da conta do remetente e chegue à do destinatário
- Com apenas um e-mail, telefone ou CPF, por exemplo, a pessoa já consegue transferir o valor para outra conta, sem precisar digitar código do banco, número de agência, operação, nome, entre outras informações
- Por ser um sistema desenvolvido pelo governo, a maioria das instituições financeiras estarão presentes
4. O Pix vai ser de graça?
Essa é mais uma vantagem do Pix. De maneira geral, o serviço será gratuito para pessoas físicas e MEIs. Quanto às pessoas jurídicas, ficará a critério da instituição financeira cobrar ou não pelas transações.
Apesar de muitos bancos digitais hoje em dia não cobrarem mais por TED ou DOC, ainda há contas nas quais esses serviços são tarifados ou limitados. Da mesma forma, lojistas normalmente pagam taxas e outras tarifas para vendas realizadas na máquina de cartão, além de precisarem esperar para receber o dinheiro.
Sendo assim, o Pix deve ser não só uma alternativa mais rápida, mas, também, econômica.
5. TED e DOC vão acabar?
Em um primeiro momento, não. Eles continuarão existindo e poderão ser usados normalmente pelos clientes. Porém, com as várias vantagens do Pix, não fará muito sentido fazer transferências por esses antigos serviços.
6. Os bancos digitais também vão usar o Pix?
Sim. Todas as instituições financeiras com mais de 500 mil clientes devem, obrigatoriamente, aderir ao Pix. Isso inclui os bancos tradicionais (Caixa Econômica, Banco do Brasil, Itaú, Santander, Bradesco…), as fintechs (Nubank, Inter, C6 Bank…) e até mesmo as carteiras digitais (PicPay, Mercado Pago, Ame Digital, PagBank…).
Apesar disso, várias outras instituições que não possuem tal exigência também estarão presentes. O Banco Central divulgou uma lista – atualizada no último dia 02 de outubro – com 927 empresas que já confirmaram participação no sistema. Clique aqui para conferir.
7. Então eu não preciso ter uma conta bancária para pagar ou receber com o Pix?
Não necessariamente. Se você tiver, por exemplo, uma conta em uma carteira digital e nela o Pix estiver disponível, pode usá-la para fazer ou receber pagamentos por meio do novo sistema.
8. Como faço o cadastro?
O procedimento pode variar de um banco para o outro, mas, no geral, você deve acessar o aplicativo do seu banco, fintech ou carteira digital e encontrar o menu referente ao Pix (provavelmente estará na página principal do app).
Depois, basta registrar uma ou mais chaves de endereçamento. Essas chaves podem ser:
- Seu CPF/CNPJ
- O número do seu telefone
- Seu e-mail
- Uma chave gerada aleatoriamente
Depois que finalizar o registro no aplicativo, elas serão utilizadas para agilizar as transações dentro do Pix, bastando que você passe uma dessas chaves para a outra pessoa com quem você fará a transferência.
Cuidado com os golpes!
Apesar de recente, já houve vários relatos de pessoas tentando fraudar os cadastros do Pix.
Elas enviavam mensagens, e-mails ou telefonemas falsos para as vítimas, fingindo ser do banco, e pediam a senha da conta ou do cartão de crédito do correntista para que fosse cadastrado no sistema.
Por isso, para evitar possíveis transtornos, faça o seu cadastro diretamente pelo aplicativo do seu banco, sem clicar em links ou e-mails suspeitos.
Esse procedimento também não deve ser feito por telefone, então, caso você receba algum telefonema dizendo ser do seu banco, não passe qualquer tipo de informação pessoal.
9. As chaves são obrigatórias?
Não. Elas servem para agilizar o processo, mas, se você preferir, pode usar os dados da sua conta bancária, assim como faz atualmente com transferências via TED ou DOC.
Se também não quiser cadastrar uma chave com as suas informações pessoais, poderá, na hora do registro, optar por gerar uma chave aleatória – formada por números, letras e símbolos – e usá-la no lugar do seu CPF, telefone ou e-mail.
10. Posso cadastrar a mesma chave em vários bancos?
Pessoas físicas podem cadastrar 5 chaves diferentes por instituição bancária, enquanto pessoas jurídicas têm direito a 20 chaves.
Você pode, por exemplo, criar uma chave com o seu e-mail em um banco e outra chave com o seu CPF em outro banco. Porém, não poderá usar a mesma chave em duas instituições diferentes.
Isso não impede, entretanto, que você migre a chave de uma empresa para a outra, quantas vezes quiser.
11. Vou ter que baixar um aplicativo para usar o Pix?
Não, o sistema do Pix será integrado aos próprios aplicativos das instituições financeiras, ou seja, você poderá usar o mesmo app da sua conta do banco ou carteira digital, pois lá terá um menu para transferências via Pix.
12. Como fazer um pagamento com o Pix?
Os pagamentos só serão liberados a partir do dia 16 de novembro de 2020. Para fazer a transação, a pessoa poderá usar uma das chaves cadastradas ou QR Code, por meio da câmera do celular.
Por exemplo, se você quiser enviar um pagamento para outra pessoa pelo Pix, basta que ela lhe passe uma chave dela.
Depois, abra o aplicativo do seu banco, entre no menu do Pix e escolha a opção de fazer pagamentos. Após isso, digite o valor (não há limite, desde que você tenha saldo na conta vinculada), a chave do destinatário e confirme a operação, digitando a sua senha. Pronto, dinheiro transferido!